quarta-feira, 17 de junho de 2015

Diário Literário - Menino de Engenho



32/2015 - Menino de Engenho, primeira obra de José Lins do Rego e também primeiro livro do ciclo da cana-de-açúcar. A obra publicada em 1932, na narração saudosista de Carlos Melo, descreve uma sociedade rural, aristocrata, latifundiária e escravocrata. Após ter sua mãe assassinada pelo seu pai, Carlinhos vai morar com o coronel José Paulino, no Engenho Santa Rosa. Por ser doente, é criado sem repressão por sua Tia Maria. O que há de mais interessante é o relato do mundo à sua volta, da enchente do Rio Paraíba, da pobreza, das lendas folclóricas contadas por Totonha, o poder que tinha o coronel sobre seus servos e escravos, sobre os bandidos e cangaceiros e muito mais. Após o casamento de Tia Maria, Carlinhos seguiu sendo criado pela rude Sinhazinha, mas a repressão o levou à uma desenfreada sexualidade aos 12 anos. Ele então foi mandado para o colégio, com a promessa de tomar "jeito". Adorei a leitura. Indico.