terça-feira, 30 de dezembro de 2014

48/2014 Del amor y otros demonios

(Juro que a intenção é o treino da escrita do espanhol, que não é simples. Não mesmo. Algumas frases peguei do livro, outras de sinopses soltas - que não é plágio -, outras consegui formar sozinha... exercitando). 


En 26 de octubre de 1949, Gabriel García Márquez recebió de su jefe la orden de ver el vaciamento del hospital que fue vendido para construir en su lugar un hotel de cinco estrellas. En una cripta descubrió una cabellera que medía veintidós metros. Es un conto inspirado en una leyenda que le fue contada a Gabriel García Márquez por sua abuela sobre una niña de doce años cuya cabellera le arrastraba, que había muerto del mal de rabia por el mordisco de un perro, y era venerada en los pueblos del Caribe. Sierva Maria de Todos los Ángeles fue mordida por un perro con el mal de rabia. Ella es hija del marqués de Casalduero y Bernarda Cabrera. Fue criada por la negra Dominga de Adviento que gobernó la casa hasta su muerte. En la cultura que rodea a la niña, el mal de rabia es relacionado con la posesión demoníaca. Ella no presenta síntomas de mal de rabia, mismo así es recluida en el convento de Santa Clara. Le superstición primava en la sociedad en que vivia. También es un enredo que queda al mundo de los criollos, Don Ygnácio es una caricatura de la aristocracia. Obispo don Toribio de Cáceres y Virtudes excede al de alto representante de la religión oficial y fiel ejecutos de las prácticas de la inquisición. La representación de los afrocolombianos eres como una etnia primitiva por sus costumbres. Sus personajes son ambiguos, parte de una comunidad sin rumbo cierto, inestable y confundida. Me gusta las partes que tiene História. 


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

O Pequeno Príncipe filme, livro e afins.

Aproveitando a febre que já começou devido ao trailler da animação que sai em 2015 do Pequeno Príncipe e da minha releitura (47/2014), vou deixar registrado um pouco sobre o livro. Primeiro, dizer que a música foi muito bem escolhida "Somewhere Only We Know" da banda Keane, na voz de Lily Allen. http://www.vagalume.com.br/keane/somewhere-only-we-know-traducao.html


O livro de Antoine de Saint-Exupéry é clichê, tão clichê que chego a ficar espantada quando alguém lê e afirma que não entendeu nada. Ainda que não conheça a biografia do autor, pois não tem como não relacionar a obra com a vida do mesmo, é estranho não entender a mensagem que O Pequeno Príncipe tenta transmitir. 
O livro foi publicado em 1943 nos EUA, um ano antes da sua morte. O autor escreveu em sua estadia em Nova York, após o início da 2ª Guerra Mundial, chegando até a visitar Recife. Nos EUA tentava convencer a entrada na guerra. A dedicatória foi para seu grande amigo Léon Werth, escritor francês e crítico de arte, além de anarquista e filho de judeu. Na época isso era um peso e tanto. Enquanto Saint estava em Nova York, Léon passou a guerra em Juan, região montanhosa ("essa pessoa grande mora na França e ela tem fome e frio"). 
Saint realmente esteve no Deserto do Saara com seu navegador, André Prévot, na Líbia em 1935. Passaram grandes dificuldades, inclusive alucinações. Foram salvos por um beduíno. A data, que ele no final cita de seis anos que teve  contato com o pequeno príncipe, meio que bate com esse fato na vida do autor. 
O autor cita sobre seu dom podado pelos adultos e é sabido que Saint foi uma criança difícil, desorganizada e viveu com a morte do pai uma transição de aristocracia rica para uma inferior financeiramente (astrônomo turco que é julgado pelas vestes). A mensagem inicial é um desabafo de como os adultos não entendem e também desestimulam a criatividade infantil. A intenção da sociedade é a padronização ("e a dedicar-me de preferência à geografia, à história, à matemática, à gramática").
Bom, filosoficamente falando, o autor fala de uma criança que saiu do seu pequeno planeta (nosso mundo particular, nosso campo de visão limitado) ainda inocente. Apaixonado pela sua rosa (característica da transição entre a infância e a adolescência) e que, apesar do seu cuidado com seu planeta, foi ferido pelo temperamento da rosa (vida adulta). 
O primeiro contato da criança com o piloto é um pedido estranho "Por favor... desenha-me um carneiro!". No primeiro momento o piloto enxerga "um homenzinho extraordinário", afinal como ele mais pra frente admite "Talvez eu seja um pouco como as pessoas grandes. Devo ter envelhecido". Depois que ele o trata como criança. O príncipe acha estranho o fato do piloto desejar amarrar o carneiro, pessoas grandes tem medo e querem se apossar de tudo. 
No pequeno planeta havia a rosa, que como sabem, tratava-se de Consuelo de Saint-Exupéry, mocinha de gênio "forte". Os vulcões foram inspirados em sua terra e sendo três, fica fácil citá-los: Cierro Vierde (inativo), Santa Ana Vulcão e Izalco, na Cordilheira de  Apaneca. Consuelo tinha asma assim como a flor tinha horror das correntes de ar. O relacionamento de ambos foi complicado e após o contato com a raposa, quando o príncipe vai ter com as rosas, fica claro a questão dúvida sobre o casamento e da infidelidade, mas apenas Consuelo lhe interessava. 
A criança visitou seis planetas antes da Terra:
1° rei sem súditos - exigir de cada um o que cada um possa oferecer e o julgamento a si mesmo;
2° vaidoso - necessidade do adulto de autoafirmação;
3° bêbado - fuga da realidade, falta de amor próprio e vícios; comportamentos de autossabotagem;
4° empresário - necessidade de valorizar o que se é e não o que se tem;
5°acendedor - preso ao regulamento sem questionar;
6°geógrafo - teoria sem prática.
Esses planetas são as críticas ao mundo dos adultos. Seu primeiro contato na Terra seria com a serpente, deixando claro que é preciso morrer para voltar à infância; (bom, não tenho certeza). A criança não tem medo, afinal para voltar à sua amada rosa, terá que morrer. Uma linguagem poética. 

Então chega o momento da raposa, que na minha opinião é o mais lindo. Gosto do livro não pelo pequeno príncipe, mas pela raposa. É o momento da mensagem. A responsabilidade nos relacionamentos e o que é essencial, é além da aparência (adultos só enxergam o chapéu). A raposa aceita o desafio do rito de cativar o pequeno príncipe, mesmo sabendo que ele iria embora para sua rosa. Assim, mesmo sem possuir (amarrar o carneiro e possuir estrelas) tornaram-se eles únicos um para o outro.
Inclusive no deserto do Saara, Saint teve contato com uma Feneco, raposa do deserto e provavelmente as falas do personagem, são da antiga colega Silvia Hamilton Reinhardt.  
Os adultos não cativam e não se deixam cativar. Querem ser adorados (rei), elogiados (vaidoso), fogem (bêbado), valorizam posses (empresário), seguem regulamentos que teorizam o amor sem questionar (acendedor) e não praticam o que dizem saber (geógrafos). A inocência morre, mas o amor não sobrevive ao orgulho, é necessário morrer "mas, eu era jovem demais para saber amá-la" (serpente). É necessário entender os ritos para criar laços (raposa) e compreender que somos seres defeituosos, assim como àqueles a quem dedicamos o nosso amor ("deveria tê-la julgado por seus atos,  não por suas palavras"). 
Saint conseguiu pilotar na Segunda Guerra Mundial, mas não chegou a ver seu livro publicado em francês. Custou para seu corpo ser encontrado e tem todo um histórico sobre o assunto. Agora é aguardar a animação... suspirando. 


Isso poderia ser o final de tudoEntão por que nós não vamos
Para um lugar que só nós conhecemos?


sábado, 20 de dezembro de 2014

Diário literário dezembro/2014



46/2014 O primeiro autor escreveu o Mundo de Sofia, por si só, ótima referência. Um livro bem compacto sobre um assunto tão extenso. Linguagem fácil e resumindo: conceitos como monoteísmo, monolatria, politeísmo, panteísmo e animismo; Cerimônias religiosas em forma de culto, liturgia, sacrifícios, oferendas, ritos de passagem; Com históricos e costumes: 1- as religiões com origem na Índia (hinduísmo e budismo); 2- religiões do Extremo Oriente (confucionismo, taoísmo, xintoísmo); 3- religiões africanas; 4- religiões do Oriente Médio (judaísmo, islamismo, cristianismo com suas difusões: Igreja Católica Romana e a Ortodoxa, Luteranismo e ramificações); 5- filosofias de vida não religiosa (humanismo, materialismo e marxismo); Últimos capítulos sobre as novas tendências religiosas que sincretizam com antigas religiões e o Brasil, ênfase ao pentecostal e neo-pentecostalismo. Indico para um maior entendimento do outro e loterância à crença do próximo.


Confesso que pedi esse livro pela estante Skoob e não prestei atenção. Quando chegou fiquei sabendo que era ficção em doze contos. Não que eu não leia ficção histórica, até gosto, mas enfim. Li! O prefácio é da historiadora Mary Del Priore, e a maioria dos contos gira em torno da vida na corte no Rio de Janeiro ou no burgo paulistano. Vão apresentar personagens como o Chalaça, Rafael Tobias de Aguiar (líder da Revolução Liberal de 1842 e último marido da marquesa), Dona Leopoldina, Maria Benedita (irmã da marquesa e também amante de D. Pedro I e serviçais da época. Alguns tentam justificá-la, outros condená-la. Afinal, Domitila não foi uma amante comum. Com todo respeito ao autor do conto quatro (A múmia, a alma e a marquesa), detestei apenas esse conto. É possível imaginar o quadro da época, refazer espaços geográficos e costumes. Indico. 

domingo, 14 de dezembro de 2014

Diário Literário - Onze Minutos/Paulo Coelho


44/2014 - Não lia Paulo Coelho desde os 20 anos. Antipatia literária. Então, li Onze Minutos, numa sentada só! Antes de ler, fiz como sempre, a pesquisa de resenhas. Parecia um livro clichê que conta a historinha da moça do interior que vira garota de programa no exterior. Bom, resumidamente é isso mesmo e ele ainda faz de forma tão rápida que parece uma narração futebolística. Talvez eu esteja lendo muito autores realista com excessos de descrições. Maybe. Bom, Maria (nome de guerra) que de fato existe acabou indo para Genebra e lá a prostituição é legalizada pelo estado. As prostitutas devem ter autorização de permanência e residência, pagar seguro social, exames periódicos e por aí vai. Maria é uma mulher que observa demais e registrou tudo durante o período que trabalhou como garota de programa. Relatos de experiências na profissão, com a família, projeções e claro, desejava um dia poder divulgar tudo isso. Onze minutos é o tempo do sexo no programa. Ainda que fosse 45 minutos, tirando teatralidade, conversas e impasses o objetivo acontecia em 11 minutos. Como observadora  percebe que de fato toda a humanidade se move para o sexo, ainda que não saibamos. Mas todo o esforço, seja qual for, se resume em onze minutos. Hoje, casada e mãe de duas filhas, ainda mora no exterior. Indico! (Na imagem, Paulo Coelho e Maria). 

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Diário de Leitura - dezembro/2014


(43/2014) Um artigo, um único artigo em uma rede social foi o suficiente para tornar febre e conhecido o autor da obra Amor Líquido, Zygmunt Bauman. Claro, será motivo de estranhamento a leitura do restante da obra, pois os diversos artigos que surgiram até então, abordam apenas o assunto do prefácio (#prontofalei). 
O tema geral do livro é relacionamento. Sem garantia de permanência e com a necessidade de serem atados frouxadamente para que possam ser outra vez desfeitos, são os atuais relacionamentos da sociedade moderna. 
O herói do livro e repito o tema, oscila entre a aflição e o desejo de atar-se, porém com o temor do encargo da limitação da liberdade que sente necessidade para manter-se... atado. O foco nos relacionamentos atuais se concentrou na satisfação própria, gerando assim relacionamentos de bolso (acessíveis quando necessários). 
Especialistas de relacionamentos inclusive, sugerem que os mesmos sejam vistos como investimentos e que, a exigência de compromisso seja evitada. O segredo, segundo eles é manter a porta aberta, afinal nunca se sabe se um próximo investimento poderá trazer mais satisfação pessoal. 
Então, o autor se utiliza de termos da virtualidade. Não condena os relacionamentos que sobrevivem à distância e tempo e começaram a partir do contato virtual. O autor toma emprestado termos como "rede", "conectar" e "desconectar" para avaliar os relacionamentos de bolso. Os amores líquidos de hoje podem ser desconectados antes mesmo de serem odiados e, "relações virtuais" são aquelas com facilidade de desengajamento e rompimento. 
Até o fim do primeiro capítulo o autor na verdade descreve o que já está exposto, por isso a sensação de "deslumbramento" mediante o que não tinha rótulo. Para os próximos capítulos o autor também vai tratar os demais relacionamentos como líquidos e como mercadoria. De forma sociológica ele mescla pensamentos de filósofos e sociólogos com programas de relacionamentos norte-americanos e filmes. 
De tal forma, consegue tratar assuntos como anarquia e xenofobia e comparar a manutenção dos relacionamentos com o desenvolvimento  histórico das cidades. Com certeza, ninguém pensou nisso até então. Para ele, o ser "ilhado" da cidade incluído no "global" tenta ser um todo com os demais, mesmo sendo direcionado pelo mercado à individualização... tudo de forma satisfatória. 
Resumindo, a sociedade atual com toda sua insegurança tem gerado a atual ética dos relacionamentos. Pessoas se conectam para depois de desconectarem, virtualmente ou não. Facilidade e satisfação sempre foi o slogan de venda. O exterior sociológico espelhando o interior individual. Indico!