tag:blogger.com,1999:blog-63787589472789076152024-03-13T00:36:15.800-03:00Diário virtual e literário da SallySally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comBlogger451125tag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-21619175962137116422023-12-22T17:17:00.003-03:002023-12-22T17:17:45.297-03:00O ano de 2023 e as leituras <p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> Não finalizei nenhum livro em 2023. Estão todos pela metade. Por causa de uma nova atividade profissional tive que consumir mangás. Doeu muito a minha cabeça no início (<span style="background-color: rgba(80, 151, 255, 0.18); color: #040c28;">a leitura é realizada da direita para a esquerda e de cima para baixo) </span>e confesso que volta e meia fugia para a leitura dos HQ´s. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7AGCkivpjZQQjABy9ugdrDw0dk5vUWU3MVGz1z6HFpyxoXd7sSb-KtFkSRuLtVz-SATyrFjD-q-8eZkDPBwORWk0FNh9OT4H97qwo1G3j5fEO_yXN0H3yHfXYmtQCBYeO9Qs6MWgF1z9NoShWoCFa-7_SwKT1bIs2DcmNB951a8e8ZeTg2VtRN1J3mZY/s309/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="163" data-original-width="309" height="163" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7AGCkivpjZQQjABy9ugdrDw0dk5vUWU3MVGz1z6HFpyxoXd7sSb-KtFkSRuLtVz-SATyrFjD-q-8eZkDPBwORWk0FNh9OT4H97qwo1G3j5fEO_yXN0H3yHfXYmtQCBYeO9Qs6MWgF1z9NoShWoCFa-7_SwKT1bIs2DcmNB951a8e8ZeTg2VtRN1J3mZY/s1600/images.jpg" width="309" /></a></div><br /><p><br /></p>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-73532424024094606032023-08-30T00:58:00.003-03:002023-08-30T00:58:27.120-03:002022 passou e eu não O li<p style="text-align: justify;"> Como explicar o ano de 2022 que por aqui é uma lacuna de ausência? </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqJq02YD1gdKScs1fVG3XQzZzQUCRcXf9Y1wT6DjLn1gcsO1ap0kSmji8mq6eTho4GCcKGj_0C5S0j7vfU0gm8QnmM9Rm_zw1ust_RVTVS1wf3oj_lB4aGXbzClTlQcd5GlcdporRqjKo5IsK4a4vL5yKsQGkwWhPNHlkHOxOUzOY4HS7LdE8Org3J7XA/s720/Screenshot_20230830-005226-451~2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="221" data-original-width="720" height="98" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqJq02YD1gdKScs1fVG3XQzZzQUCRcXf9Y1wT6DjLn1gcsO1ap0kSmji8mq6eTho4GCcKGj_0C5S0j7vfU0gm8QnmM9Rm_zw1ust_RVTVS1wf3oj_lB4aGXbzClTlQcd5GlcdporRqjKo5IsK4a4vL5yKsQGkwWhPNHlkHOxOUzOY4HS7LdE8Org3J7XA/s320/Screenshot_20230830-005226-451~2.png" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">Apenas quatro livros lidos e hoje dei uma passada por aqui... Caramba... O ano passou em minha mente e resumindo: foi tenso! Gostaria de afirmar que 2023 no campo literário está sendo diferente, porém, está um pouco parecido. Vida que segue.</p>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-56823582181097193482022-01-09T12:37:00.001-03:002022-01-09T12:37:14.698-03:00<p style="text-align: justify;"> 1/2022</p><p style="text-align: justify;">O autor aborda os mitos e lendas presentes na obra Macunaíma de Mário de Andrade sobre os astros e fenômenos celestes.</p><p style="text-align: justify;"> A observação astronômica dos nossos povos primitivos não desenvolveu uma astronomia, como os outros povos da América pré-colombiana, mas tentaram explicar algumas características dos astros. </p><p style="text-align: justify;">Para eles, o céu era um espelho das nossas fauna e flora.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p></p><div style="text-align: justify;"> Um ótimo livro para ler junto com Macunaíma, que inclusive, se tornou estrela, como todo herói. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjwdzXb_2PNek44A4WZ1EfkcHFMko2YvC4m-n4IaUSGEOINca1nTSIy4RJdknqp56Dg9TYftA377puxggPsvefU7w0ueHTHsjn6qKozqYzHLDY0Awdw6Fs9oicuGvnMx3lEzGlySe_-uwuJh5mw0bkYp9ZFJBuhe7FbuQ8YQK_nK-3DpodOTYm5aqkf=s673" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="673" data-original-width="456" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjwdzXb_2PNek44A4WZ1EfkcHFMko2YvC4m-n4IaUSGEOINca1nTSIy4RJdknqp56Dg9TYftA377puxggPsvefU7w0ueHTHsjn6qKozqYzHLDY0Awdw6Fs9oicuGvnMx3lEzGlySe_-uwuJh5mw0bkYp9ZFJBuhe7FbuQ8YQK_nK-3DpodOTYm5aqkf=s320" width="217" /></a></div><br /><p></p>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-80413891562158935912021-07-17T23:32:00.000-03:002021-07-17T23:32:02.950-03:00Maria Bonita: sexo, violência e mulheres no cangaço <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmrsyFn0VV_O5QTXziDuLpl3auYGjZw5SPaMGB-23xoAp99D0XwZlctqqBmaUWDv_ur6hdYddKd2qaECtKJTgAgIVMvU9dAGlV3_1ZjsfY6vLrEDQ8Yr3WEumLF9D2HmTXKQPBymjlwiI/s346/transferir+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="346" data-original-width="241" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmrsyFn0VV_O5QTXziDuLpl3auYGjZw5SPaMGB-23xoAp99D0XwZlctqqBmaUWDv_ur6hdYddKd2qaECtKJTgAgIVMvU9dAGlV3_1ZjsfY6vLrEDQ8Yr3WEumLF9D2HmTXKQPBymjlwiI/s320/transferir+%25281%2529.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Se você é apaixado por Lampião e Maria Bonita, aconselho que não leia. Simples assim. O mito em torno dos heróis do cangaço vai cair por terra e a ânsia de vômito é certeira a cada página lida. Vale ressaltar que esses personagens foram elaborados pela mídia pouco antes da morte dos líderes e que esse apelido Maria Bonita nem era usado por ela enquanto viva. O Robin Hood e a primeira dama do sertão nasceram após a trágica morte dos dois. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Maria de Déa era casada antes de se tornar cangaceira e sua chegada ao bando permitiu que os participantes levassem suas mulheres, mesmo que sequestradas (o que aconteceu com a maioria). O estupro cometido pelos cangaceiros diminuiu, mas não deixou de ser praticado, pois havia prazer em "cobrir uma fêmea". Ser mulher era desgraçadamente perigoso.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A amizade de Lampião com coronéis, aliás, a forma como se tornou cangaceiro e sua amizade com Padim Ciço já demonstra que a sua violência era acobertada por figuras importantes que poderiam dar fim ao cangaço. Quando Lampião se tornou um personagem cinematográfico e midiático de interesse geral de um público nacional e estrangeiro voyerista, surge a necessidade de demonstrar serviço policial e dar fim ao movimento do cangaço. Revisionismo histórico total! </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /> <p></p>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-67112878961677528542021-07-17T23:07:00.005-03:002021-07-17T23:07:58.102-03:00O Avesso da Pele <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVtDDbtKyncwdQfW2DUHzZ4QkesYqmlyfjBHW6uTV3F_j70xeqqpFkfsfDuHqxzgEP2t3DgLBm_jLkoO_YojiZ-BDaqZuXs76X7ZJAEcQMRt1B8VfD2UM6JcA6WazJw5ZRALVg4fBRzRM/s499/41DtuYT6qXL._SX331_BO1%252C204%252C203%252C200_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="499" data-original-width="333" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVtDDbtKyncwdQfW2DUHzZ4QkesYqmlyfjBHW6uTV3F_j70xeqqpFkfsfDuHqxzgEP2t3DgLBm_jLkoO_YojiZ-BDaqZuXs76X7ZJAEcQMRt1B8VfD2UM6JcA6WazJw5ZRALVg4fBRzRM/s320/41DtuYT6qXL._SX331_BO1%252C204%252C203%252C200_.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>O Avesso da Pele</b> foi o livro do grupo de leitura da <b>Bilbioteca da UNB</b> no mês de junho. Pode parecer apenas o relato de um filho sobre os seus pais, mas é bem mais do que isso, é um relato vivo da sociedade brasileira. <b>Jeferson Tenório</b> apresenta o relato de Pedro sobre a trajetória dos seus pais antes do seu nascimento e após a separação. Seu pai, um professor que descobre o racismo sofrido desde a infância após o contato com um professor, tenta fazer o mesmo com seus alunos, mesmo desmotivado com o sistema educacional falido em Porto Alegre. Sua mãe, com seus monstros psicológicos advindos da infância, tenta a cura no seu relacionamento conjugal, o que, não ocorre. Esse racismo estrutural mascarado ou ideologicamente justificado é a temática que dá um soco no estômago. Não é uma leitura fácil, mas necessária, a começar pela sala de aula. O desfecho pode parecer apelativo, mas é o mesmo que assistimos nos noticiários anestesiados por esse pileque homérico que nos acomete e nos direciona a normalidade da violência vertical. </span></div><span style="font-family: arial;"><div style="text-align: justify;"> </div></span><p></p>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-67292091316795491782021-07-17T22:54:00.000-03:002021-07-17T22:54:03.535-03:00Cem Anos de Solidão (releitura)<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4eXWhKznks-L-D29F0kA_ihz5mZnjz8EWiF4hoXbD231RwM8Odn0gXBy-roA0-ONjf8fBFKGtenyS5ZgctZo-8Kax4RXjjQDJ6glp4hdxyiNCJKo3G75NHlz0t19xznR5k6i33X_FpkU/s500/B07QF3CSRW.01._SCLZZZZZZZ_SX500_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="324" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4eXWhKznks-L-D29F0kA_ihz5mZnjz8EWiF4hoXbD231RwM8Odn0gXBy-roA0-ONjf8fBFKGtenyS5ZgctZo-8Kax4RXjjQDJ6glp4hdxyiNCJKo3G75NHlz0t19xznR5k6i33X_FpkU/s320/B07QF3CSRW.01._SCLZZZZZZZ_SX500_.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Confesso que li Cem Anos de Solidão em três dias no ano de 2008. Devorei! Foi meu primeiro caso de amor com Gabriel García Márquez. Não é o meu preferido, apesar de tão aclamado pelo público literário. Decidi lê-lo novamente, pois essa rapidez me fez esquecer e eu gostaria muito de, após a formação em História, absorver a narrativa histórica subliminar (ou não) na Macondo ficcional. Mas, decidi que seria uma leitura sem pressa, apesar que tediosa pelos Aurelianos, Arcádios, Remédios ... muita calma e atenção. Que mente brilhante! Sem descrever o que todos já sabem, é a narrativa de uma América Latina e seus impasses históricos (liberais versus conservadores, exército, sumiço de corpos, o fanatismo religioso, o massacre das bananeiras, a presença estrangeira, o interesse na botânica, as guerilhas e por fim, a forma como a narrativa real é apagada em livros didáticos e mídias a serviço do poder local ou "imperialista"). Só foi possível analisar <b>Cem Anos de Solidão</b> nessa perspectiva histórica após a leitura <b>As veias abertas da América Latina</b> (Eduardo Galeano). Mas, é um livro com várias possibilidades e certamente eternizou o autor colombiano. </span></div><br /> <p></p>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-78367922102485827742021-07-17T22:31:00.000-03:002021-07-17T22:31:04.092-03:00Redemoinho em dia quente - Jarid Arraes <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEAlR_yXuisygHQxf1kmx912Hotfmhz5meyL9OUQKv6st-YO_F_w3a6LCnzEQDsdI_9ZdgTsAstG0mPq7Hbpl6_mrit1n0c1OffpZJzLhLzQ2eHzCk1glQqtrZ3jS62aK4YgPkDboEKRw/s278/transferir.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="278" data-original-width="181" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEAlR_yXuisygHQxf1kmx912Hotfmhz5meyL9OUQKv6st-YO_F_w3a6LCnzEQDsdI_9ZdgTsAstG0mPq7Hbpl6_mrit1n0c1OffpZJzLhLzQ2eHzCk1glQqtrZ3jS62aK4YgPkDboEKRw/s0/transferir.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A escritora, poetisa, cordelista nasceu em 1991 em Juazeiro do Norte (CE) e atualmente mora em SP. Livro escolhido pelo grupo de leitura <b>Leitores Anônimos</b> (junho/2021) revela mulheres em situações cotidianas, o que por si só, traz uma identificação em alguns dos relatos apresentados. Mesmo não sendo baseado em personagens reais, temos narrativas realistas, fantasiosas, psicológicas e também críticas sociais. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O primeiro conto, da dona Francisca, devota a Padim Ciço, é a abertura que faz você continuar ou largar pelo seu desfecho inesperado. Já em <i>Cinco Mil Litros</i>, situações entre uma mãe e uma filha com a necessidade pautando a ação e o destino de ambas. Já em <i>Moto de Mulher</i>, eis que me vi! Para não tornar cansativo, o que mais me comoveu foi <i>Telhado quebrado com gente morando dentro</i> e o que não traguei de jeito nenhum foi <i>Novo Elemento</i>, tipo, sem sentido, pra mim, obviamente. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Mesmo sendo sobre um Cariri urbanizado, muito do que foi descrito é comparavél com o cotidiano de mulheres da Capital Federal, talvez por essa aproximação cultural que tanto temos e amamos com o Nordeste. Temas debatidos atualmente e que eram tabu até então, é apresentado o que abre brechas para o debate. Indico! </span></div><br /><p></p>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-10106646243546008412021-07-17T22:12:00.001-03:002021-07-17T22:12:21.943-03:00O conto da Aia<p><span style="font-family: arial;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcnRQdbclDYEvi2MgKPEUML1gt-wYMyhuJE3iravT21TdxJWFLJJxhWoRdbtij39Y8EEzAaOAU31V9MNBglwVFnZj4KNBrQM0VJqZ-9lV1pdDTIrlaXZWFxlk0L3HTJDOA4wgsdew1Ras/s810/188196739.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: arial;"><img border="0" data-original-height="590" data-original-width="810" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcnRQdbclDYEvi2MgKPEUML1gt-wYMyhuJE3iravT21TdxJWFLJJxhWoRdbtij39Y8EEzAaOAU31V9MNBglwVFnZj4KNBrQM0VJqZ-9lV1pdDTIrlaXZWFxlk0L3HTJDOA4wgsdew1Ras/s320/188196739.jpg" width="320" /></span></a></div><span style="font-family: arial;"><br /></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Bom, eu gosto de distopia. Confesso que a temática é quase profética na onda conservadora que assola a política atual brasileira. A autora, <b>Margaret Atwood</b>, publicou seu livro nos anos 80 e sua obra veio à tona novamente com o sucesso da série, que ainda não assisti. Vale ressaltar que foi o livro de junho do grupo de leitura Leia Mulheres Petrópolis. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A nação dos EUA após passar por problemas de cunho ambientais, políticos, morais adentra em uma ditadura teocrática baseada em uma autoritarismo puritano. Lembrei muito da obra <b>A Letra Escarlate</b> de Nathaniel Hawthorne (Indico!!!). Mulheres são submetidas aos padrões embasados no Livro Sagrado cristão. Doutrinadas por mulheres mais velhas, são preparadas para fornecer o útero às mulheres estéreis casadas com comandantes. São as Aias. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Essas mulheres perderam a autonomia sobre o próprio dinheiro, emprego e o próprio corpo. Seus úteros servem ao Estado. Recebem novos nomes e suas escolhas são definidas pela verticalidade do poder, pois uma das causas do fracasso da antiga sociedade, segundo o Estado, foi o excesso de escolhas que as mulheres conquistaram. Tendo como causa maior a descendência e não o matrimônio romântico, as esposas dos comandantes participam dos ritos de fecundação seguindo o Velho Testamento (tão atemporal):</span></p><p style="text-align: justify;"><i style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;">"Raquel disse: dá-me filhos ou senão eu morro... eis aqui a minha serva, entra nela para que tenha filhos sobre os meus joelhos e eu, assim receba filhas por ela".</span></i></p><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;">Claro, que, alguns cidadãos de bem quebram as regras e agem na clandestinidade. Enquanto isso, nossa protagonista procura resistir lembrando do seu passado e da sua identidade, já que o destino das que não se conformam é a substituição ou a morte. Apenas seus úteros tem serventia e nada mais. </span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;">Ainda que seja uma ficção, o desejo do poder vertical é regredir em qualquer conquista do sexo feminino, submetendo a mulher ao modelo conservador do modelo patriarcal. Simples assim. </span></span></p><p style="text-align: justify;"><i style="color: #474747; font-family: arial; font-size: 14px; text-align: left;"><br /></i></p>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-76456768618309383412021-06-20T20:21:00.002-03:002021-06-20T20:21:56.681-03:00As alegrias da maternidade <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbcMT4c0C0727Pb68dioLXr4asa7yFZT94g9YNnMSqvLeVTYohAkbWy46BG3ulN37B5o2EQZJDzLmA5iJqpZBs5M_8Onl2qMW1cKcqv0knQYbnEa-Zf48LeeJKiEqHgUIA0TYsfd7ON-8/s416/450xN-12-416x416.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="416" data-original-width="416" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbcMT4c0C0727Pb68dioLXr4asa7yFZT94g9YNnMSqvLeVTYohAkbWy46BG3ulN37B5o2EQZJDzLmA5iJqpZBs5M_8Onl2qMW1cKcqv0knQYbnEa-Zf48LeeJKiEqHgUIA0TYsfd7ON-8/s320/450xN-12-416x416.jpg" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">As alegrias da Maternidade foi o livro de maio do grupo literário Leia Mulheres Petrópolis. Uma das características do grupo é escolher autoras ou personagens femininas marcantes. Li um pouco da biografia de Buchi Emecheta e já me senti atraída por outras obras literárias da mesma. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Nnu Ego é filha de um líder tribal, logo vamos analisar a tradição e o contemporâneo existente não apenas na atual Nigéria. Sua mãe tem um histórico de amante, muito amada e só lendo mesmo para compreender que naquele contexto o homem tribal podia ter esposas, amantes e escravas. Já Nnu Ego, impossibilitada em ser mãe no seu primeiro casamento, mesmo sendo a preferida do seu pai, é enviada para casar com um pretendente que vive na cidade colonizada pelos britânicos, atual Nigéria. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O papel da maternidade conduz a trajetória de Nnu Ego e outras mulheres com grilhões tradicionais e os valores femininos são mensurados pelo desempenho dos filhos até a ausência deles. Não existe a mulher como protagonista e sim o papel da maternidade. Sensível e arrebatador. Indico.</span></p>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-64666159252966993092021-06-20T20:03:00.001-03:002021-06-20T20:03:31.120-03:00O Tigre Branco <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUJvPFtc0FN6EFtTopK9AAGNyAVT4R1wAlEeLS4s3EthX4SR00sY7Ij0rvWN_u1wTtT06dLPrefib_yZatI-H6-Jca9pGmk911Z49ZS0uwfqqIm2fPPJo2c82wDkWLrbk6FiKu-wJc4Fs/s500/4157tuFOUZL.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="348" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUJvPFtc0FN6EFtTopK9AAGNyAVT4R1wAlEeLS4s3EthX4SR00sY7Ij0rvWN_u1wTtT06dLPrefib_yZatI-H6-Jca9pGmk911Z49ZS0uwfqqIm2fPPJo2c82wDkWLrbk6FiKu-wJc4Fs/s320/4157tuFOUZL.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O Tigre Branco, de Aravind Adiga, foi o livro escolhido pelo grupo de leitura da BNB no mês de maio. No início, ele é cansativo. Um grande empresário relata a sua trajetória para um político chinês que vai visitar a Índia escrevendo vários e-mails. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Bom, o tigre branco é um animal raro, aparece de geração em geração. Balram é esse tigre. Sua odisseia começa quando ele decide não seguir o mesmo destino dos homens da sua casta. Sim, fica bem explicado no livro a questão das castas na Índia e como isso compromete até hoje o destino de muitos.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A descrição da política (corrupta), das relações familiares e patronais, da miséria paralela ao crescimento e investimento estrangeiro, ... é tão cirúrgica que o autor achou por bem colocar pitadas de um humor ácido para divertir e advertir ao mesmo tempo. É o que torna a leitura possível, pois é revoltante como as permanências só acontecem com a exploração de muitos com o uso da religião e da coerção violenta da polícia a mando do Estado. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">É o oposto do <i>Quem quer ser milionário?</i> e não mostra apenas essa Índia holística e exótica para muitos. Chega a ser a esquina da nossa rua, pois muitas situações citadas não são diferentes no nosso quintal. Já avisando de cara, o filme catalogado na Netflix é muito bom, mas com aqueles desvios de personagens que não dá para compreender o contexto, então, óbvio, o livro é muito indicado. </span></div><span style="font-family: arial;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"> </div></span><p></p>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-91041102926756453842021-06-20T19:37:00.006-03:002021-06-20T19:41:09.640-03:00A Morte e a Morte de Quincas Berro D´Água - Jorge Amado <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmL79IF7RG7hF-SyfRAz-QkEO3RQENf3XALqS91iWDxMcb3wX0oh83rpYqBM6ruYiAc7wY4PT2rXG6HgBvCyB_dw2z4XMPf2XgrPZzxYL0fGpQDCkOIPqOPCJQpcXJnBRt3xWMPSXlkYE/s2015/198744272_10158385189738247_6173852240441352995_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2015" data-original-width="1504" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmL79IF7RG7hF-SyfRAz-QkEO3RQENf3XALqS91iWDxMcb3wX0oh83rpYqBM6ruYiAc7wY4PT2rXG6HgBvCyB_dw2z4XMPf2XgrPZzxYL0fGpQDCkOIPqOPCJQpcXJnBRt3xWMPSXlkYE/s320/198744272_10158385189738247_6173852240441352995_n.jpg" /></a></div><br /> <p></p><h2 style="text-align: left;"></h2><h2 style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: small;"><span style="background-color: white; color: #050505;">Um modelo perfeito para a sociedade que acaba se transformando em escória da mesma, o que nos faz refletir sobre a morte simbólica para os seus familiares após o não pertencimento do comportamento padrão e as mortes para alívio familiar versus morte como destino desejável daquele que morre. Seria talvez a morte social e depois a física. </span></span></h2><h2 style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: small;"><span style="background-color: white; color: #050505;">O prefácio foi escrito por Vinícius de Moraes em 1959 que fala do crescimento, segundo ele, do autor que vem desde um livro cheio de defeitos como "O País do Carnaval" até a obra prima em questão "A morte e a morte de Quincas Berro D´Água". É o meu terceiro livro do autor. </span></span></h2><h2 style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: small;"><span style="background-color: white;">A narração explica bem o título e é tão atemporal pelo fato dessas mortes que temos em vida quando não participamos dos status financeiro, cultural, normativo e padronizado. Sem esquecer o familiar. Mas, o que mais me apeteceu foi a descrição da vida noturna, boêmia, cotidiana e marginalizada do cais da Bahia. </span></span></h2><div><span style="font-family: arial; font-size: small;"><span style="background-color: white;">13º/2021</span></span></div>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-50963059036772020032021-02-26T00:17:00.004-03:002021-02-26T00:19:53.421-03:00Simplesmente Pagu <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_txjeWKpUxZErYF3a_Z4oC0SmViP41ekmvOJNpazzuIbFmycjohn4FqEQRROUH7TSwC4utBy8qNclZlhIqQmq8hi5SJj5jQvz9rBCLINygyBOzVSL3zVz3QBr-N0vr_JzkuJ-8yh2csM/s299/AUTOBIOGRAFIA_PRECOCE_159987020411625767SK1599870205B.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="299" data-original-width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_txjeWKpUxZErYF3a_Z4oC0SmViP41ekmvOJNpazzuIbFmycjohn4FqEQRROUH7TSwC4utBy8qNclZlhIqQmq8hi5SJj5jQvz9rBCLINygyBOzVSL3zVz3QBr-N0vr_JzkuJ-8yh2csM/s0/AUTOBIOGRAFIA_PRECOCE_159987020411625767SK1599870205B.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"> <span style="background-color: white;"><span style="color: #474747; font-family: arial; font-size: 14px;">Autobiografia Precoce é um livro que não se prende a datas, fatos e nem eventos que vamos ler sobre a vida de Patrícia Rehder Galvão, mais conhecida como Pagu. O desejo não era escrever de forma retrospectiva, pois isso implicava para a autora uma marcha à ré. Contrária a autocrítica, sabia que a experiência se aproveita espontaneamente, sem dogmatização.</span></span></div><span style="background-color: white;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: #474747; font-family: arial; font-size: 14px;"><br /></span></div><span style="color: #474747; font-family: arial; font-size: 14px;"><div style="text-align: justify;">Pagu foi escritora, poetisa, jornalista e, dentre várias habilidades profissionais, teve grande destaque como militante da causa comunista. Desde a sua infância, já tinha a percepção dos seus passos fora dos conceitos humanos tradicionais. A obra aborda a sua constante busca pela bondade, beleza e o sabor amargo da insatisfação em não encontrá-las, o que a mantinha no círculo vicioso da procura de toda espécie de ideal.</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: #474747; font-family: arial; font-size: 14px;"><br /></span></div><span style="color: #474747; font-family: arial; font-size: 14px;"><div style="text-align: justify;">O que temos como análise positiva é a simplicidade em descrever sua narrativa trágica no seio familiar e a sua trajetória que foi desde a alienação total, a participação de meios literários e artísticos da vanguarda modernista brasileira. A forma como Pagu denuncia em forma de autobiografia o olhar masculino patriarcal sobre a mulher, mesmo que dentro dos movimentos operários, nos faz refletir sobre as pautas de luta que deixaram as necessidades femininas à parte na sociedade.</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: #474747; font-family: arial; font-size: 14px;"><br /></span></div><span style="color: #474747; font-family: arial; font-size: 14px;"><div style="text-align: justify;">Por outro lado, essa mesma simplicidade nos leva a indagar se estaríamos lendo sobre a mesma personagem. Não por causa das suas mudanças de convívio, mas pela forma que ela se mostra desconhecedora do mundo intelectual em que esteve inserida e, ao mesmo tempo, desmotivada pelas personalidades que a cercam. De um rompimento não percebido em sua autobiografia, analisamos uma militante inserida no movimento comunista a ponto de abrir mão da maternidade.</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: #474747; font-family: arial; font-size: 14px;"><br /></span></div><span style="color: #474747; font-family: arial; font-size: 14px;"><div style="text-align: justify;">Autobiografia Precoce descreve as relações destoadas no seio familiar, o casamento com o modernista Oswald de Andrade, a maternidade, a participação exaustiva no Partido Comunista e até a sua frustração com a causa proletária na prática que, por mais que fosse válida, não se encaixava com os ideais teóricos da revolução soviética. Um desabafo notório de uma grande mulher brasileira à frente do seu tempo.</div></span></span><p></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><br /></p>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-14702869850323489412021-01-15T21:57:00.004-03:002021-01-15T21:57:59.263-03:00Anarquia e Cristianismo (vale a pena ler de novo!) <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9nBel-HSh_ED1nQVp0LrXO7DA4IUjNXeU-ctwEtJX2rS36AZTbd8UNtITdgc9-INx0wQG002ycgp2YN64deVxCfW5YoffOl7dauyc3wkFd1YSXoMM6DuJQYpwvl9Qtsqeg_k2l2qIzTc/s306/f1fdff0c-844a-428a-a709-a7b9bf0d38d5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="306" data-original-width="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9nBel-HSh_ED1nQVp0LrXO7DA4IUjNXeU-ctwEtJX2rS36AZTbd8UNtITdgc9-INx0wQG002ycgp2YN64deVxCfW5YoffOl7dauyc3wkFd1YSXoMM6DuJQYpwvl9Qtsqeg_k2l2qIzTc/s0/f1fdff0c-844a-428a-a709-a7b9bf0d38d5.jpg" /></a></div><br /><p></p><p><span style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Conheci esse autor (sociólogo/teólogo/protestante francês) na leitura de "Política de Deus Política do Homem" um estudo sobre o livro bíblico de Reis. O livro "Anarquia e Cristianismo" é uma aula de História! O autor deixa claro que rejeita absolutamente a violência e descreve a anarquia do ponto de vista de um cristão. Também aponta os motivos de desgosto do anarquismo com o cristianismo, fonte de muitas guerras. Dá-lhe História! </span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">No capítulo sobre "Bíblia, a fonte de anarquia". O autor começa o capítulo afirmando que anarquia (an-arkhé) não é negação de domínio ou desordem. O homem ocidental está tão persuadido de que a ordem na sociedade só pode ser estabelecida por um poder central forte, que questionar esses poderes, para ele, equivale a semear a desordem. Vale lembrar de Lutero e a revolta dos camponeses, só para reflexão. <br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Entre outros assuntos é abordado para dar base ao título do capítulo: Referência sobre a Bíblia Hebraica, Jesus e a autoridade da época, o Apocalipse e o contexto histórico no qual foi escrito, a Epístola de Pedro (1 Pe 2.13-17)e Paulo em Romanos 13.1-7. No capítulos finais uma aula de História e demonstração de como o Estado absorveu o cristianismo nos primeiros séculos d.C: Sínodo de Elvira (313); conversão de Constantino (312-313); Sínodo de Arles (314)e o concílio de 314. <br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Finalizando: "os cristãos engajados precisam evitar cair no balaio da ideologia em voga no momento. A Igreja foi monarquista na época dos reis, imperialista com Napoleão, republicana na República e agora socialista (a Igreja Protestante, ao menos era) socialista como todo mundo". Palavras de um sociólogo e teólogo protestante. Indico!</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Resenha 2014 </span></p>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-13488131395361497952021-01-04T00:33:00.001-03:002021-01-04T00:33:41.037-03:00O Ensino Religioso na BNCC (33/2020)<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVUcczgxR77wOvYoyNFjMb2OLlOs1CDZCgiwivSxiwYihQt1ne6I6C4QFZLI35soPXkjnLboy69Dgowzk1gfJJm-a-xv9cEWDZUdLjqMMvf5LAypGr4UfGU1rzKOxG4gjPjskRNHkwf4I/s499/41OijGHzY1L._SX324_BO1%252C204%252C203%252C200_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="499" data-original-width="326" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVUcczgxR77wOvYoyNFjMb2OLlOs1CDZCgiwivSxiwYihQt1ne6I6C4QFZLI35soPXkjnLboy69Dgowzk1gfJJm-a-xv9cEWDZUdLjqMMvf5LAypGr4UfGU1rzKOxG4gjPjskRNHkwf4I/s320/41OijGHzY1L._SX324_BO1%252C204%252C203%252C200_.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"> <span style="font-family: arial;">Organizado por Emerson Sena da Silveira e Sérgio Junqueira a obra contribui para o debate continuado sobre o papel e o significado do Ensino Religioso no Ensino Fundamental. O livro norteia a prática de educadores, pesquisadores e cientistas das religiões no caminho de mediar para que os estudantes possam compreender sua identidade religiosa em uma construção em reciprocidade com o outro e na percepção da ideia do Transcendente, expressas de maneira diversa pelos símbolos, ritos e práticas religiosas. </span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Esta publicação reúne nove ensaios que discutem, em diferentes perspectivas, o conteúdo orientador do Ensino Religioso estabelecido na Base Nacional Comum Curricular. É papel do Ensino Religioso, amparado pelos estudos das Ciências da Religião, produzir conhecimento e formação para superar a ignorância, o desconhecimento, a violência religiosa e o preconceito. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A partir da BNCC é norma que se trate academicamente, de forma didático-pedagógica, a compreensão das manifestações religiosas e de suas contribuições para as sociedades humanas. Por essa razão, o Ensino Religioso que se pretende para os sistemas educacionais visa à construção de conhecimento sobre as religiões no Brasil, que as entende como constituintes de nossa identidade, mas também como uma dimensão da experiência humana, a qual pode ser entendida como categoria antropológica. </span></p>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-16571106459532214522021-01-03T15:56:00.002-03:002021-01-03T15:56:36.577-03:00Ponciá Vicêncio 1/2021 <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYX6Jn6bVyyYsZQZ4xqcHBSCVSomu-bTrFs73grKxhYaRqt0LEsfSiBMGPjLyxIlnMnFRoZ31otMQodRCCadNEGlEdG_n7Tuj-bDI8tvN-6eKfdtfJOFLofhFE7QPwkIqejZtxZxZlT9M/s274/download+%25283%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="184" data-original-width="274" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYX6Jn6bVyyYsZQZ4xqcHBSCVSomu-bTrFs73grKxhYaRqt0LEsfSiBMGPjLyxIlnMnFRoZ31otMQodRCCadNEGlEdG_n7Tuj-bDI8tvN-6eKfdtfJOFLofhFE7QPwkIqejZtxZxZlT9M/s0/download+%25283%2529.jpg" /></a></div><br /><p><br /></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Ponciá Vicêncio</b> foi a primeira publicação <i>solo</i> de <b>Conceição Evaristo</b> financiada integralmente pela própria autora. Passado pouco tempo, a obra pode ser lida em língua inglesa, francesa e em espanhol. Com adendo, foi material solicitado aos vestibulandos da UFMG, CEFET/Minas e da Universidade de Londrina (2009 e 2010).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Conceição Evaristo é Mestre em Literatura Brasileira/PUC-Rio e Doutora em Literatura Comparada/UFF. Ela afirma que a história de Ponciá Vicêncio não é a sua história, mas quando chamada por Ponciá, quando trocam o seu nome pelo dela, orgulhosamente ela responde: presente! </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Ponciá desde a sua infância teve contato com o medo. Ao buscar barro nas margens do rio e ao ver a grande cobra celeste colorida no céu, tem medo de se transformar em homem ao passar por debaixo do arco-íris. <i>Gostava de ser menina! </i>Não sabia ainda que o seu trabalho e o de sua mãe com o barro um dia seria arte exposta pelos brancos. Produziam juntas copos, pratos e utensílios para presentear e vender nos povoados vizinhos. A mãe que determinava destino e preço e o pai quando retornava da colheita dos brancos acabava cedendo às ordens da mulher: "<i>Era tão bom ser mulher!</i>" Ponciá pensava ao ver a mãe tão segura de si, mesmo tendo o homem e o filho ausentes por longos períodos nas colheitas dos brancos. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Seu sobrenome é a herança do passado dos seus ancestrais ("<i>uma lâmina afiada a torturar-lhe o corpo</i>", pois havia na assinatura dela a marca do poderio do coronel Vicêncio). Aliás, não gostava do nome. Seu avô, teve três ou quatro filhos nascidos do Ventre Livre e ainda assim, foram vendidos. O pai de Ponciá, filho de ex-escravos, foi pajem do sinhôzinho. Tinha a obrigação de brincar e se submeter as tiranias infantis do filho do dono da terra. <i>Se eram livres, por que continuavam ali? </i>Odiava o pai, principalmente depois da doença mental que o acometia após o "<i>Fato</i>". Ria e chorava. Ponciá ainda de colo, de forma inexplicável se lembrava do avô. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Aprendeu a ler com os missionários do povoado com permissão da mãe. Para sua genitora era importante saber das letras e também saber os aprendizados da roça: fazer garrafadas, fases da lua, tempo de plantio e de colheita e as benzeduras que curavam dos males da carne e da alma. Aos 19 anos, sem conseguir explicar bem para a sua mãe, foi embora. Sua odisseia começa com o descaso do sagrado urbano em relação aos necessitados, diante do luxo do templo que adentra, pensa "<i>Era tudo tão belo. Deus bem que deveria gostar de todo aquele luxo</i>".</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Com a missão de buscar a família (mãe e irmão) começa a trabalhar e compra um quarto suburbano. Conhece seu homem, mas percebe que falta ambição e que, para muitos, o pão nosso de cada dia é o suficiente. Retorna para a sua casa, o barro chama, a saudade chama, quer sua família perto. Ambos passaram pelo saída do lar como ela fez anos antes. Ponciá não retorna mais a mesma depois dessa descoberta. <i>Começou a passar todo o tempo com o pensar, com o recordar. Relembrava a vida passada, pensava no presente, mas não sonhava e nem inventava nada para o futuro</i>. Voltou introspectiva e seu homem estranhou a ponto de agredi-la. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Seu irmão, na cidade, queria ser soldado para ter voz de mando. Também teve a sua odisseia. sua mãe, seguia os conselhos da anciã do povoado e não se submetia a própria vontade de ter com os filhos. Mas, os três, viviam desesperados com o desejo do encontro. Cada personagem que passa pelos Vicêncios são marcados de profundas ausências e vazios, mas como resultados de pobreza, desamparo e sucessivas perdas. O passado e o presente se mesclam e tudo que o urbano ilude é apresentado de forma dolorida: a exploração da zona rural é a mesma na cidade. A herança do avô cobra a sua vez na vida de Ponciá, é preciso trilhar o destino. É preciso que haja o reencontro. Leitura visceral e de uma poética que nos encanta e faz refletir sobre caminhos de busca por identidade num ambiente marcado por desigualdades sociais. </span></p>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-85651355690219445742020-11-26T18:51:00.001-03:002020-11-26T18:51:18.379-03:00Hibisco Roxo <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7MNUTy1F36Y8ZyymKdOiZP-L6NOXWxq3VD0QWe7eHhy6To0RrKSfnFF8nVm0iP9F5aABZ-q19BmWinINX1mQSVVjusjk1188DQNiJ_5x3GXOR4-zUapvPBjpFIwLGy9ZrWFsrW8rVWOs/s346/hib.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="346" data-original-width="231" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7MNUTy1F36Y8ZyymKdOiZP-L6NOXWxq3VD0QWe7eHhy6To0RrKSfnFF8nVm0iP9F5aABZ-q19BmWinINX1mQSVVjusjk1188DQNiJ_5x3GXOR4-zUapvPBjpFIwLGy9ZrWFsrW8rVWOs/s320/hib.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> Último livro de 2020 do grupo virtual da <b>Biblioteca Nacional de Brasília</b>, <b>Hibisco Roxo</b> - Chimamanda Ngozi Adichie. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Eu gostaria muito de afirmar que é apenas um enredo triste, que é algo que acontece apenas na Nigéria, mas infelizmente eu consigo refazer passos dentro do meu país, do microcosmo da minha vizinhança, do meu passado, de tudo que podemos chamar de raízes colonizadoras cristãs. Calma, não é um ataque ao Cristianismo, é, como disse a autora em outro momento, o perigo da história única. Da pregação do medo, do ódio, do julgamento divino, da regra, da doutrina em nome da religião. Isso explica tanta intolerância religiosa no nosso país. Estamos colonizados pelo fundamentalismo. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><span style="font-family: arial;"><div style="text-align: justify;">A protagonista é <b>Kambili,</b> uma adolescente de classe média alta. Talvez esse seja o primeiro aspecto "diferente" para todos nós que temos a <b>história única</b> em relação a África. A personagem estuda em boa escola, é rica, e nada lhe falta. Em uma <i>TED talk</i>, a autora citou um relato sobre a autenticidade das suas personagens:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>"O professor me disse que minhas personagens pareciam-se muito com
ele, um homem educado de classe média. Minhas personagens dirigiam carros, elas não estavam
famintas. Por isso, elas não eram autenticamente africanas</i>."</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Seu pai, Eugene, é um homem que possui certo poder local pelo seu capital, caridade e rigidez religiosa. Entremos então no contexto sem dar <i>spoiler</i>. O amor que os beneficiados sentem por Eugene, é diferente do amor que os filhos e esposa sentem por ele. Eles conhecem um outro lado violento, seja físico ou psicológico. Tudo em nome da religião. Religião essa que Kambili muitas vezes não se identifica, um Jesus loiro e se tratando da Nigéria, costumes que não aceitam as tradições dos seus ancestrais. Eugene não fala com seu próprio pai (que não é católico). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Beatrice, esposa, submissa no limite do medo e aceitação, vê, assim como os filhos, que todo mal que Eugene faz, no fundo, é necessário. <b>O perigo da história única</b>. Eugene tem o poder financeiro e psicológico sobre a família. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>"É impossível falar sobre única história sem falar sobre poder. Há uma palavra, uma palavra
da tribo Igbo, que eu lembro sempre que penso sobre as estruturas de poder do mundo, e a
palavra é nkali. É um substantivo, que livremente se traduz: "ser maior do que o outro." (TED talk)</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas esse poder não submete a sua irmã, <b>Ifeoma</b>. Professora universitária, viúva, mãe de três filhos, consegue conciliar a ancestralidade dos ritos nigerianos com as doutrinas católica e criar os seus filhos com a liberdade crítica de expressão, mesmo que passem necessidade financeira. Pois Eugene sempre tem propostas, desde que a conversão seja completa e submissa. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Será nesse contato entre Kambili e seu irmão Jaja com a família de Ifeoma que a história única será descontruída. Além do florescer da adolescente do seu interno para o externo, do seu conflito emocional em relação ao padre Amadi e a sua prima Amaka, vemos o susto diante da liberdade, do conhecer a religião do outro e não ver nela nenhum pecado, em reconhecer seu potencial nessa cisão do ser. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Bom, o que eu posso relatar é que não tem como passar despercebido nas entrelinhas o peso da herança colonizadora com a imposição da cultura europeia que nunca respeitou e nem respeita a tradição africana que até hoje luta por permanência. As sequelas que essa violência deixa nas personagens é a mesma que vemos quando o fanatismo, repressão, intolerância protagonizam pelo viés do poder. Que os dias ganhem cores de hibiscos. </div></span></div><p></p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK8G89nfl03g8pPb9OlLNqy0G6AZis-loyklUZS5cUy_DkCfotmXSyykVh8qSlVRWzavWI3j0RgF18wRYqsBImnbpRBy8-l6_YKn9ezjruemUzKB_u7SFPVKnbZECQcn-E3F8b5TGj5RQ/s650/chimamanda.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="650" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK8G89nfl03g8pPb9OlLNqy0G6AZis-loyklUZS5cUy_DkCfotmXSyykVh8qSlVRWzavWI3j0RgF18wRYqsBImnbpRBy8-l6_YKn9ezjruemUzKB_u7SFPVKnbZECQcn-E3F8b5TGj5RQ/s320/chimamanda.jpeg" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b style="background-color: white; color: #202122;">Chimamanda Ngozi Adichie</b><span style="background-color: white; color: #202122;"> (</span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Enugu_(cidade)" style="background: none rgb(255, 255, 255); color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Enugu (cidade)">Enugu</a><span style="background-color: white; color: #202122;">, </span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/15_de_setembro" style="background: none rgb(255, 255, 255); color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="15 de setembro">15 de setembro</a><span style="background-color: white; color: #202122;"> de </span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/1977" style="background: none rgb(255, 255, 255); color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="1977">1977</a><span style="background-color: white; color: #202122;">) é uma </span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo" style="background: none rgb(255, 255, 255); color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Feminismo">feminista</a><span style="background-color: white; color: #202122;"> e </span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Escritor" style="background: none rgb(255, 255, 255); color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Escritor">escritora</a><span style="background-color: white; color: #202122;"> </span><a class="mw-redirect" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Nigerianos" style="background: none rgb(255, 255, 255); color: #0b0080; text-decoration-line: none;" title="Nigerianos">nigeriana</a><span style="background-color: white; color: #202122;">. Ela é reconhecida como uma das mais importantes jovens autoras anglófonas de sucesso, atraindo uma nova geração de leitores de literatura africana.</span></span></div><p><br /></p>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-34201965292778051452020-11-24T21:30:00.001-03:002020-11-24T21:30:07.480-03:00Notas do Subsolo <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuJUhBVIpbk7b422-f84mtxJdHxigWKF1ajbYdNJ733wENjS1Ua3CRnDWmzmg0OX6YX5y3AOg3xz3tFwkCsxEjHoXeYVbjdHL18SSYsBvS29wYV-izzRQqHKCxZchuEjep5T6C3AJxJQ4/s275/download+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuJUhBVIpbk7b422-f84mtxJdHxigWKF1ajbYdNJ733wENjS1Ua3CRnDWmzmg0OX6YX5y3AOg3xz3tFwkCsxEjHoXeYVbjdHL18SSYsBvS29wYV-izzRQqHKCxZchuEjep5T6C3AJxJQ4/s0/download+%25281%2529.jpg" /></a></div><br /> <p></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Tive o privilégio de ler <b>Fiòdor Dostoiévski</b> (1821-1881) em 2020. Primeiro, li <b><i>O Duplo</i></b> e agora <i><b>Notas do Subsolo</b></i>, publicado em 1864. Bom, de forma resumida, o escritor russo teve em sua vida uns altos e baixos. Prisão na Sibéria (acusado de conspirações contra o czar), viuvez da primeira esposa, perda do seu irmão (no mesmo ano da publicação do livro). Muitos escritores se inspiraram nele. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYb8mEDoA2FTnW6VHz1yBMVxbJg-q4dYqsqGEWkqux008XJquFRguIAKlHapaJVpQME8ii2gDpHtAuh_aX7__PDxT8bSrSG7VAxxw0JHbofLlG9Bom7rcrl8_-t9rXEIB31I4OT41C_aQ/s346/download+%25282%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="346" data-original-width="206" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYb8mEDoA2FTnW6VHz1yBMVxbJg-q4dYqsqGEWkqux008XJquFRguIAKlHapaJVpQME8ii2gDpHtAuh_aX7__PDxT8bSrSG7VAxxw0JHbofLlG9Bom7rcrl8_-t9rXEIB31I4OT41C_aQ/s320/download+%25282%2529.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O autor começou bem sua carreira após a publicação do seu livro <i><b>Gente Pobre</b></i>, mas levou um tempo para voltar aos louros literários da crítica russa. <b><i>Notas do Subsolo</i></b> faz parte desse período. Um ex-funcionário civil, 40 anos, em forma de monólogo, demonstra o anti-herói. O livro é dividido em duas partes "O subterrâneo" e "A propósito da neve derretida". </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;">Precursor do existencialismo, o homem do subsolo é um sofredor em busca de ser amado, e essa busca, o torna mau. Aqui seria o resumo do livro. Mas, por se tratar de Dostoiévski, não é o suficiente, pois sua escrita descreve a desorientação do homem diante de um mundo sem sentido e absurdo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;">"<i>Sou um homem doente... um homem mau. Um homem desagradável. Creio que sofro do fígado</i>".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;">Essa ambivalência envolve o leitor entre redenção e condenação do homem do subterrâneo. Ele não tem nada contra a medicina, mas não quer se tratar, é apenas raiva. Com muita lucidez, ele sabe que a única vítima do seu comportamento será ele mesmo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;">"<i>Fui um funcionário maldoso, com prazer na maldade, em magoar"</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;">"<i>Nunca pude tornar-me mau"</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;">A sociedade por ele descrita, é aquela que homens imbecis conseguem se tornar algo, enquanto os inteligentes, vivem à sombra dessa causa "natural" do funcionamento da sociedade. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;">Contradição, autojustificativa e definições na primeira parte nos envolvem sem saber se há em nós amor ou ódio (quem sabe até semelhança). </div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;"><i>"O homem se vinga por que acredita que é justo"</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;"><i>"Penso que a melhor definição do homem seja: um bípedes ingrato"</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;">O homem subterrâneo se sente escravo e covarde, é a sua condição "normal". Sente arrependimento, repulsa, acostuma-se a suportar tudo e refugia-se então no que fosse "belo e sublime". Vive de devaneios para suportar o subterrâneo. "<i>Deixa-nos sozinhos, sem um livro, e imediatamente ficaremos confusos, vamos perder-nos"</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;">"<i>Eu sou sozinho, e eles são todos</i>" Seria então a melhor definição da segunda parte do livro. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;">Ficamos nos indagando qual o motivo dele precisar tomar certas atitudes e persegui-las a ponto de se mostrar imbecil para os demais. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;">Confesso que, o momento de maior lucidez, foi o seu momento de embriaguez e quase, por um momento, acreditei em tudo que ele disse a Liz. (sem spoiler)</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;"><i>"Pois para a mulher é no amor que consiste toda a ressurreição; toda a salvação de qualquer desgraça e toda regeneração não podem ser reveladas de outro modo"</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;"><i>"Em primeiro lugar, eu não podia mais apaixonar-me, porque, repito, amar significava para mim tiranizar e dominar moralmente. Chego a pensar por vezes que o amor consiste justamente no direito que o objeto amado voluntariamente nos concede de exercer tirania sobre ele"</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;">Sua consciência de subterrâneo também faz ele confessar que por falta de hábito não praticava a "viva a vida". Pessoas que "viva a vida" chegam a irritar e incomodar, e que, muitos subterrâneos, acostumados a entender a "viva vida" como um emprego, trabalho, rotina, estão entregues e distantes do "belo e sublime".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;">Sobre esse homem de práticas ruins e não compreendido:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;"><i>"Cometi essa crueldade, ainda que intencionalmente, mas não com o coração, e sim com a minha cabeça má"</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;">Sobre sofrer:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;"><i>"O que é melhor, uma felicidade barata ou um sofrimento elevado?"</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: arial; font-size: small;"><div style="text-align: justify;">Sim, saímos da leitura sem julgamento. É um grande começo. </div></span></div>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-25488171793632970582020-11-10T14:15:00.001-03:002020-11-10T14:15:05.316-03:00A Imensidão Íntima dos Carneiro <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWwrG3avsTp8E9RoUSJVIgeUS_AEgRVxqzmsjgZOapFKIdqD_kt3F2S_m4_Ckhw05jFC4xCWtoglHFDegYBibN4KhkoW4-DscJLTJddVWPwpxP7mQkiGb61Ar4F1YKm2Lfj5sFCoBXFKQ/s311/A_IMENSIDAO_NTIMA_DOS_CARNEIR_1565283821526640SK1565283822B.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="311" data-original-width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWwrG3avsTp8E9RoUSJVIgeUS_AEgRVxqzmsjgZOapFKIdqD_kt3F2S_m4_Ckhw05jFC4xCWtoglHFDegYBibN4KhkoW4-DscJLTJddVWPwpxP7mQkiGb61Ar4F1YKm2Lfj5sFCoBXFKQ/s0/A_IMENSIDAO_NTIMA_DOS_CARNEIR_1565283821526640SK1565283822B.jpg" /></a></div><br /> <p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não lembro quem me indicou. Saí perguntando para os meus amigos e ninguém conhecia. Pedi pela estante skoob e dei dois créditos nele. Então, me prontifiquei a lê-lo antes dos demais da fila. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Bom, suponhamos que eu não conheça a minha avó, mas carregue em mim uma herança familiar e por ser pesada demais, preciso refazer seus passos e conhecer o início de tudo. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Assim é a obra A imensidão Íntima dos Carneiros do escritor brasileiro Marcelo Maluf. Os eventos citados não são leves, mas a maneira de escrevê-los é poética. Confesso que tive que voltar algumas vezes para compreender a quem pertencia as lembranças. O escritor mescla realismo fantástico, símbolos e sentimentos familiares na possibilidade que a oralidade permite. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Marcelo perpassa por três gerações (avô, pai, filho) e investiga o passado, tendo a liberdade de reinventar e recriar o enredo familiar por meio da literatura. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Das montanhas do Zahle, da Guerra Civil do Líbano, das barbáries sofridas por sua família, da infância em Santa Bárbara do Oeste, as vozes do neto e do avô se misturam. Marcelo precisa se libertar da herança familiar, pois:</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">"O medo estava no princípio de tudo".</span></p><p style="text-align: justify;"><br /></p>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-32867714508103161792020-10-20T21:38:00.000-03:002020-10-20T21:38:01.398-03:00Cultura Letrada: Literatura e Leitura <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2zqddNMIvBoCkmuCTTc2KSFvg7HDrCqbRdDuGpcy9bukOoGOX92rZsasc4_T_OPRzZnia_16qsuluY1DOcMfvKRGeg2b5Ifi1hDI7yi6VjF7FTpzYCimQUmOxfX6YT8rdSlvuX1qGUvI/s177/download+%25285%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="177" data-original-width="97" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2zqddNMIvBoCkmuCTTc2KSFvg7HDrCqbRdDuGpcy9bukOoGOX92rZsasc4_T_OPRzZnia_16qsuluY1DOcMfvKRGeg2b5Ifi1hDI7yi6VjF7FTpzYCimQUmOxfX6YT8rdSlvuX1qGUvI/s0/download+%25285%2529.jpg" /></a></div><br /><p></p><p><br /></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Acho o assunto muito pertinente. É um livro fino, mas o seu conteúdo e a possibilidade de reflexão valem muito a pena. Bom, no término do século XX, a imprensa começou a se dedicar nas escolhas dos melhores representantes dos anos mil e novecentos em diversas categorias. Eleições dos melhores romances e autores de ficção (mundial e brasileiro) foram promovidas. Nem preciso informar que desde então surgiu duas classes de literatura: a popular e a erudita. A escola ensina a ler e a gostar da literatura, entretanto o que quase todos aprendem é o que devem dizer sobre determinados livros e autores, independentemente de seu verdadeiro gosto pessoal. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Para que uma obra seja considerada Grande Literatura ela precisa ser declarada literária pelas chamadas "instâncias de legitimação". Universidades, jornais, revistas especializadas, livros didáticos... Assim, o que torna um texto literário não são as suas características internas, e sim o espaço que lhe é destinado pela crítica. O prestígio social dos intelectuais encarregados de definir Literatura faz que suas ideias e seu gosto sejam tidos não como uma opinião, mas como a única verdade, como um padrão a ser seguido. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Infelizmente, a escola tende a aproximar-se da opinião dos intelectuais e esquecer (ou estigmatizar) o gosto das pessoas comuns. Obras não eruditas são avaliadas como imperfeitas e inferiores, quando na verdade são apenas diferentes. Podemos sim, nas escolas, ler os livros preferidos pelos alunos e discuti-los em classe. Podemos comparar com texto eruditos para entender e analisar como diferentes grupos culturais lidam e lidaram com questões semelhantes ao longo do tempo. </span></p>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-55485035231333589702020-10-14T19:09:00.000-03:002020-10-14T19:09:14.126-03:00Angústia Graciliano Ramos <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiZk_G8XTNxvgfDcYfhaxDjQK1-Y102IwqnY4hJdSr5JtbAYLC8-8nnSvL-6wYVEREWbuWTjxXZVRWXwe-s-XGS04YWrhyphenhyphentGqmK2kaZ8OLBgPaj-l4bdJ0zTgcacNDQCDF4yCVOMFpl74/s177/download+%25284%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="177" data-original-width="114" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiZk_G8XTNxvgfDcYfhaxDjQK1-Y102IwqnY4hJdSr5JtbAYLC8-8nnSvL-6wYVEREWbuWTjxXZVRWXwe-s-XGS04YWrhyphenhyphentGqmK2kaZ8OLBgPaj-l4bdJ0zTgcacNDQCDF4yCVOMFpl74/s0/download+%25284%2529.jpg" /></a></div><span style="font-family: arial;"><div style="text-align: justify;">Luís da Silva, 35 anos, neto de Trajano Pereira de Aquino Cavalcante e Silva, funcionário público em um jornal, residente de um subúrbio em Maceió na década de 30. Dos vários personagens, que valem várias resenhas, a ênfase do livro está em suas recordações:</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">"Há nas minhas recordações estranhos hiatos"</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Seria suas angústias os hiatos de suas recordações ou suas recordações os hiatos de suas angústias?</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O que sabemos é que o início e o fim do romance dão-se com o estado profundo de angústia que domina o Sr. Luís da Silva. A sua capacidade de consciência vai engendrando matematicamente passado e presente, construindo com a memória o seu futuro crime. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Daqueles que o cercam, um constante sentimento de desconforto e deslocamento:</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">"Insuportável!" (Diante dos desfavorecidos)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">"Não podemos ser amigos!" (Diante dos mais abastados)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Homem introvertido que luta para ter a "dignidade dos bípedes" torna-se revoltado contra tudo e todos à medida que a memória incumbe-se de selecionar suas lembranças. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">"Tão bom José Baía! Ninguém falava alto, ninguém lhe mostrava a cara feia".</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Essa insistência da memória em crimes e criminosos soma-se a uma notável influência psíquica que transforma sua inércia em brutalidade. Ato que não correspondeu à expectativa, visto a continuação do círculo vicioso da angústia existencial. </span></p>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-50156062801013248132020-09-13T00:24:00.003-03:002020-09-13T00:24:48.808-03:00O Alienista - Machado de Assis Parte I <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBfp9czsXAB4nX4I9sI1oXZ7pMY6QK8v6OWQKvQaoK1L4Fs4XAi9znGCykVI4vMHrySYSSi9_ZSKWbzIY15NOdu0W4IEo3AKCChBO4lpJqcUDYtEPG64fgZ1bJowukt3lKPwmtLXJjhoI/s277/download+%25285%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="277" data-original-width="182" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBfp9czsXAB4nX4I9sI1oXZ7pMY6QK8v6OWQKvQaoK1L4Fs4XAi9znGCykVI4vMHrySYSSi9_ZSKWbzIY15NOdu0W4IEo3AKCChBO4lpJqcUDYtEPG64fgZ1bJowukt3lKPwmtLXJjhoI/s0/download+%25285%2529.jpg" /></a></div><p><br /></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Para dar início (depois de tanto tempo) a essa postagem, justifico que inseri essa imagem por achar intrigante a inclusão do autorretrato do artista francês Gustave Coubert. Possível conciliar seu estilo artístico realista, sem esquecer que ele foi contra a pintura literária, vinda da imaginação ou dos sonhos. O nome da obra é "Desespero". Enfim. Vida que segue. Só um adendo. </span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Sobre a obra machadiana O Alienista (médico que tratava os alienados da época) não quero ser repetitiva sobre tudo que há no mundo virtual sobre o tema. Estou trabalhando Machado no artigo da minha Pós e me interessei por um curso que aborda <b>Literatura e Loucura</b>. Semana passada foi o Médico e o Monstro. Enfim. Vida que segue. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O Alienista é um conto para a maioria e uma novela pela sua estrutura narrativa. Informação repetitiva sobre a obra. Publicado em 1882, eu acho. Não podemos esquecer o plano de fundo histórico da literatura machadiana sobre a sociedade do século XIX. Nem deixar passar batido sua representação de costumes e transformações que ele vivenciou. Seu estilo é repleto de humor e crítica. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Simão Bacamarte, médico que estudou em Universidades europeias importantes e de renome, não aceita propostas de regências e tal. Volta para Itaguaí, sua cidade natal no Brasil. A Medicina é a sua causa maior. Aí está a chave principal machadiana da obra. Uma elevação exagerada da forma que o médico se enxerga e a forma como exalta a Medicina. No período em questão fervilhavam as teorias científicas, principalmente o empirismo positivista. Não são raras as frases:</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">"Homem de Ciência, e só de Ciência, nada o consternava fora da Ciência"</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">"Imagem vivaz do gênio"</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">"Raro espírito que era"</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Até mesmo a escolha da esposa, D. Evarista, demonstra a exaltação em questão, ele não importa com a beleza. Segundo a Ciência, as condições fisiológicas e anatômicas eram suficientes para dar-lhe filhos robustos, sãos e inteligentes. Não aconteceu. Após um vasto estudo sobre as causas e curas da infertilidade da "mulher" e a desistência do tema, começa a Odisseia de Simão em estudar na prática a patologia cerebral. Isso pode ser um sintoma do final do conto (sem spoiler). O começo da sua empreitada. Aliás, a todo momento percebo que Bacamarte é perfeito aos olhos alheios, mas, para os olhos machadianos, há apontamentos interessantes de perceber no desenrolar do enredo. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Bom, a Igreja está presente, claro. Seja sem o entendimento, "confessou desconhecer a existência de tantos doidos no mundo" (Padre Lopes); com as explicações bíblicas, "quanto a mim, só se pode explicar...segundo nos conta a Escritura"; ou pela crítica "isso de estudar sempre, sempre, isto não é bom, vira o juízo".Lembrando que a Igreja cuidava em sua grande maioria das caridades aos "dementes" da época. Quando não, a própria família trancava em uma alcova, na própria casa até a morte. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Dementes. Qual seria a medida de Bacamarte para incluir na Casa de Orates/Casa Verde os seus estudos empíricos? Tudo aquilo que era considerado fora do padrão social da época. Sem querer descrever a história da Loucura, vou citar casos como: furiosos, mansos, monomaníacos, loucos por amor, delirantes, alucinados, todos aqueles considerados mentecaptos para o médico. Com a fusão de tratamentos medievais (sanguessugas) e tratamentos (modernos) paliativos, medicamentosos e influências estrangeiras (literatura árabe e lusitana), ele buscar a causa e a cura. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Igreja, política, ciência, sociedade tudo na linha tênue entre loucura e sanidade. Se antes, comportamentos excêntricos e até pobreza eram diagnosticados como loucura, agora a presença de bons costumes é a causa máxima a ser estudada na Casa Verde. Como permanecer moral, piedoso, benevolente, honesto, ... em uma sociedade corrupta e corruptível? (atemporal). </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Muito a dialogar sobre o tema. Por ora, apenas uma degustação. </span></p><p></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> </span></div><p></p>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-25867139891843536492020-04-26T09:41:00.002-03:002020-04-26T09:41:32.803-03:00O Poço (Netflix) <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhY513sCEhAMKF8D6kR2zUgyTMryRTrU1GcYDAZOuLYhyphenhyphen_MpfbTlNsvLRPwjpPr4OL8TNpcQxnDrf2abOVo1GS85-ZLfHF6tz4zQ0O1_P5S3XtrlG8ubwMrlV7Wnnbf3ckQ-taUPk5Ywok/s1600/92556396_3066899540019460_2632658164666859520_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="960" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhY513sCEhAMKF8D6kR2zUgyTMryRTrU1GcYDAZOuLYhyphenhyphen_MpfbTlNsvLRPwjpPr4OL8TNpcQxnDrf2abOVo1GS85-ZLfHF6tz4zQ0O1_P5S3XtrlG8ubwMrlV7Wnnbf3ckQ-taUPk5Ywok/s320/92556396_3066899540019460_2632658164666859520_o.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; margin-bottom: 26px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No filme, acompanhamos Goreng (Ivan Massagué), que acorda numa prisão vertical ao lado do companheiro de cela, Trimagasi (Zorion Eguileor). Nessa prisão, a comida é distribuída de cima para baixo. Quem está nos andares de cima come à vontade. Todo o filme, principalmente seu final inusitado e muito aberto, deixou muitas interrogações. Indico muito! </span></div>
Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-3200774763524800272020-04-26T09:38:00.000-03:002020-04-26T09:38:35.812-03:00Milagre da Cela 7 (Netflix)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDwmjl3oHAjhxwQbglWs0hX1o2NURb1YSOQj3mN-iVm-NkA0lnx83PzcKkdY_4XMLMVWqRUFM6i2QYliWDh4o9Y1zQjvIExLtQGk55n65LTx9xq9AI1Bbc1LI67hcXpgfFiCtzaVqoE4Q/s1600/94731614_3103475493028531_5061747244714164224_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="504" data-original-width="960" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDwmjl3oHAjhxwQbglWs0hX1o2NURb1YSOQj3mN-iVm-NkA0lnx83PzcKkdY_4XMLMVWqRUFM6i2QYliWDh4o9Y1zQjvIExLtQGk55n65LTx9xq9AI1Bbc1LI67hcXpgfFiCtzaVqoE4Q/s320/94731614_3103475493028531_5061747244714164224_o.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div style="background-color: white; color: #1c1e21; margin-bottom: 6px; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Milagre da cela 7 – a inocência transcende a violência</span></b></div>
<div style="background-color: white; color: #1c1e21; display: inline; margin-top: 6px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No filme turco “Milagre da cela 7”, Memo é injustamente acusado de um crime grave, preso e condenado à morte. Por sua grande deficiência intelectual não tem condições de se defender e de sequer ter clareza do que estava acontecendo. Toda a sua defesa fica por conta da luta de sua filha, Ova, que fica tentando, impotente, sensibilizar as autoridades. Ambos eram cuidados pela avó de Memo, que, quando Ova pergunta se o pai é maluco, responde que ele apenas tem a mesma idade mental dela. Ova fica feliz com a resposta, pois encontra no pai um companheiro para brincadeiras. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Memo é duramente espancado na cela pelos outros presos revoltados com seu suposto crime. O milagre a que o titulo do filme alude me parece ser toda a transformação sofrida pelos presos da cela 7 quando começam a perceber a idade mental de Memo e a sua óbvia inocência. A inocência diante da violência sofrida, a falta de revide, a atitude amistosa para com os agressores são próprias do olhar simples e ingênuo diante da vida. Porque só os inocentes podem não perceber a agressividade dirigida contra si, podem não ser capturados pelas armadilhas de um ego ferido. Só os inocentes têm a leveza suficiente para andar sobre as águas sem perceber. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Memo não percebe a hostilidade contra ele e trata a todos como amigos. Talvez seja o primeiro sinal para eles de sua “ausência de cérebro”. Não tinha ele todos os estragos sofridos pela idade adulta. Sua mente procurava pelos passarinhos no pátio e voava com eles, era incontidamente afetuoso, pois não tinha aprendido a conter-se até a anorexia afetiva que caracteriza o individuo normal. Os outros presos não puderam se defender da ingenuidade autentica que favorecia o natural florescimento da bondade. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sensibilizados, foram se apercebendo mais de si próprios, como quando acontece quando um centro de inocência da psique atinge a consciência. Um centro que funciona como um chamado às origens da própria humanidade, da condição de fazer parte, da base primal de ser uma pessoa. A condição ingênua, despretensiosa, desinteressada é o que permite o florescimento da bondade autêntica, bem como a restauração da integridade psíquica. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Memo no centro da cela lembra aquele ponto virtualmente central da psique, violentado pela sua fragmentação, mas capaz de produzir a sua reintegração quando deixado livre, o que pode ser vivido como uma espécie de luz vinda de não sei onde.</span></div>
<span style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Alexandre Xavier</span>Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-57259089636527617412020-04-10T21:17:00.003-03:002020-04-10T21:18:48.176-03:00Filme Agnus Dei <br />
<div class="_3x-2" data-ft="{"tn":"H"}" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div data-ft="{"tn":"H"}" style="font-family: inherit;">
<div class="mtm" style="font-family: inherit; margin-top: 10px;">
<div style="font-family: inherit; position: relative;">
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</div>
</div>
</div>
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<div class="_5pbx userContent _3576" data-ft="{"tn":"K"}" data-testid="post_message" id="js_5g" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: 1.38; margin-top: 6px; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div style="display: inline; font-family: inherit; margin: 0px;">
Filme: Agnus Dei (2015) Netflix. No fim da Segunda Guerra Mundial (1945), uma enfermeira francesa voluntária da Cruz Vermelha, Mathilde Beaulieu, atende franceses sobreviventes dos campos de concentração da Alemanha. Ela acaba se envolvendo com um mosteiro da Ordem Beneditina, na Polônia, onde freiras sofrerem abusos sexuais praticados por soldados soviéticos e, consequentemente, engravidaram. Os discursos e análises de fé versus ateísmo, solidariedade versus violência fazem parte do enredo. Mesmo com o tema cruel (baseado em fatos reais), a diretora conseguiu não focar na ação daqueles que se acharam no direito ao abuso, e sim, na permanência da fé diante da crueldade humana e do auxílio ao próximo.</div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2LC6fEZN6GPsitJcssTp_-CJRaUgDp2xq3uVDRaz3Ci3w4G3zWUgqHV-PetdqLU1T0COYGYbUHh-Tk4nYN7p-Ig6vgaXaROCD4fdTm9KD675boSQbWoP4ffYpYWjgkcb8amqNmjDin_w/s1600/92911803_10157261730913247_3386704815248637952_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="403" data-original-width="768" height="167" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2LC6fEZN6GPsitJcssTp_-CJRaUgDp2xq3uVDRaz3Ci3w4G3zWUgqHV-PetdqLU1T0COYGYbUHh-Tk4nYN7p-Ig6vgaXaROCD4fdTm9KD675boSQbWoP4ffYpYWjgkcb8amqNmjDin_w/s320/92911803_10157261730913247_3386704815248637952_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="_5pbx userContent _3576" data-ft="{"tn":"K"}" data-testid="post_message" id="js_5g" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: 1.38; margin-top: 6px; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
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Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6378758947278907615.post-6201985659474214832020-04-05T08:46:00.001-03:002020-04-05T08:46:24.619-03:00Literatura #dicas #isolamento #covid19<div style="direction: ltr; margin: 0px; padding: 6px 0px 0px; white-space: pre-wrap;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nesse vídeo bem curto, a historiadora Lilia Schwarz, indica seis livros para ler no isolamento.<br />1 - A Peste - Camus <br />2 - Ensaio sobre a cegueira - Saramago <br />3 - O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Marquez <br />4 - Chão de ferro - Pedro Nava <br />5 - O deserto dos tártaros - Dino Buzzati<br />6- 1984 - Orwell <br /><a class="_58cn" data-ft="{"type":104,"tn":"*N"}" href="https://www.facebook.com/hashtag/dica?source=note&epa=HASHTAG" style="color: #385898; cursor: pointer; text-decoration-line: none;" target="_blank">#dica</a> <a class="_58cn" data-ft="{"type":104,"tn":"*N"}" href="https://www.facebook.com/hashtag/livros?source=note&epa=HASHTAG" style="color: #385898; cursor: pointer; text-decoration-line: none;" target="_blank">#livros</a> <a class="_58cn" data-ft="{"type":104,"tn":"*N"}" href="https://www.facebook.com/hashtag/fiqueemcasa?source=note&epa=HASHTAG" style="color: #385898; cursor: pointer; text-decoration-line: none;" target="_blank">#fiqueemcasa</a> <a class="_58cn" data-ft="{"type":104,"tn":"*N"}" href="https://www.facebook.com/hashtag/literatura?source=note&epa=HASHTAG" style="color: #385898; cursor: pointer; text-decoration-line: none;" target="_blank">#literatura</a> </span></div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="direction: ltr; font-family: inherit; margin: 0px; padding: 6px 0px 0px; white-space: pre-wrap;">
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<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;"></span><br />
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<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="direction: ltr; font-family: inherit; margin: 0px; padding: 6px 0px 0px; text-align: left; white-space: pre-wrap;">
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Sally Barrosohttp://www.blogger.com/profile/01739937920374521717noreply@blogger.com