sexta-feira, 29 de março de 2013

Diário Virtual Março/2013

Como é de conhecimento histórico, em 1939, a União Soviética ocupou os países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia). O pai da autora, Ruta Sepetys é filho de um oficial militar lituano e fugiu com a família para campos de refugiados na Alemanha. Alguns de seus parentes foram deportados e presos. O livro "A vida em tons de cinza" vai narrar os horrores que enfrentaram os povos dos países bálticos que tiveram seus países devastados. Para tal, fez duas viagens à Lituânia para realizar pesquisas para o livro. 

Um pouco romanceado, ele traz acontecimentos e situações descritos por sobreviventes deportados espalhados pela Sibéria. Os personagens são fictícios, porém o Dr. Samodurov que aparece no final do livro, é real. Esses sobreviventes passaram muitos anos nas prisões da Sibéria e quando voltaram foram tratados como criminosos. Estima-se que Stalin tenha matado mais de 20 milhões de pessoas durante o seu reinado de terror. Os protagonistas, Lina e Jonas, perderam seus pais e no final do livro, há a inclusão dos EUA no enredo, pois aborda a 2ª Guerra Mundial. INDICO para uso em sala de aula (9° ano). 






O livro começa com um texto de Jules Michelet que finda da seguinte forma: "De uma espécie diferente, sai Satã do seio ardente da Bruxa, vivo, armado e pronto para atacar, Por mais medo que sintamos, temos de confessar que, sem ele, morreríamos de tédio". Para o autor/historiador, as crenças em bruxaria, foram à sua maneira, resposta às angústias religiosas da época. A crença que alguém poderia prejudicar outro (principalmente judeus), foi uma maneira de explicar os infortúnios que afligiam com tanta frequência populações fragéis. Há no livro muitas figuras (obras de arte) da época para figurar os mitos demoníacos surgidos no contexto religioso dos séculos XV-XVI.

A bruxaria é uma invenção do século XV, à qual o procedimento inquisitorial confere uma estruturação orgânica. Uma das características do período, foi a promoção da imagem de Satã, poderoso e onipresente, ao qual eram imputados todos os infortúnios da época. (Qualquer semelhança com a religião contemporânea ocidental, não é mera coincidência).

Utilizando do livro que foi manual básico de caça às bruxas,(Martelo das Bruxas Henry Institoris e Jacques Sprenger), os tribunais laicos perseguiram, investigaram, interrogaram, torturaram e condenaram todos os suspeitos de bruxaria. Principalmente mulheres anciãs das comunidades camponesas que conheciam muito bem o segredo das plantas. Claro, que a crença em bruxaria cresceu em grande parte devido às insuficiências da medicina e do uso da imprensa.

A partir do século XVI começou um tímido protesto contra a demonologia. Vários médicos tiveram à frente do combate à repressão. A opinião pública, principalmente a francesa, a dos magistrados e elites sociais, evoluiu progressivamente no séc XVII. Foi sob sua pressão que a grande caça aos bruxos teve fim. Na sociedade do Antigo Regime, a possessão diabólica era a expressão culturalmente codificada do que os psiquiatras do fim do século XIX descreveram como histeria.

Os relatos que levavam à fogueira eram inelutáveis e absurdos. De forma geral, sempre era uma mulher de "má reputação" ou conhecedora do poderio das ervas medicinais que cedo ou tarde falava algo que a condenava. O seu pânico considerado de psicose, envolvia todo o vilarejo e a máquina judiciária. Assim eram as histórias banais, comuns até o final do século XVII, que como tantas outras, acabou em chamas.

Em meados do final do século VXII que vozes clamaram pela razão e pouco a pouco, as últimas fogueiras foram extintas. O autor analisa como historiador, de forma objetiva, o modo de representação que foi a bruxaria, dos primeiros processos às figuras que povoaram o imaginário romântico. INDICO para os interessados no assunto.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Páscoa


Porque (a maior explicação)

DEUS (o maior pai)

Amou (o maior sentimento)

O mundo (a maior abrangência)

De tal maneira (a maior intensidade)

Que deu (o maior presente)

Seu FILHO único (o maior sacrifício)

Para que todo (a maior inclusão)

Aquele que nele crê (a maior confiança)

Não pereça (a maior condenação)

Mas tenha (a maior posse)

A vida eterna (a maior salvação).
João 3:16

BOA PÁSCOA

segunda-feira, 4 de março de 2013

Diário literário março/2013




Não lembro de ter lido nada escrito por Max Lucado, apesar dele ser bem conhecido. O livro Aliviando a Bagagem é um traçado literário que de uma forma muito simples - a linguagem do autor é simples e objetiva -, te faz refletir sobre as cargas que nunca deveríamos carregar. Porém, carregamos. A partir da análise do Salmo 23, Max descreve essas cargas, esses fardos para os quais não fomos feitos. A exaustão de forma geral se deve ao excesso de bagagem emocional que o ser humano carrega durante muito tempo, anos, décadas ...O livro não é uma auto-ajuda básica. 

O interessante do livro é a descrição do pastor e do que ele faz pela ovelha. O autor também descreve vários comportamentos da ovelha, que não eram conhecidos por mim e me fez analisar o Salmo 23 de uma forma diferente a partir da leitura. Os capítulos são divididos em "fardos" e "partes do Salmo 23": 


Descansar: 


- da carga de um deus pequeno - Porque achei o Senhor.
- de fazer as coisas do meu modo - Porque o Senhor é o meu Pastor.
- das necessidades infidáveis - Porque nada me faltará.
- das fadigas - Porque Ele ne faz descansar.
- da preocupação - Porque Ele me conduz.
- do desespero - Porque Ele refrigera a minha alma.
- da culpa - Porque Ele me guia pela vereda da justiça.
- da arrogância - Por amor do seu nome.
- do vale da morte - Porque Ele me leva através dele.
- da sombra do aflição - Porque Ele me guia.
- do medo - Porque a sua presença me conforta.
- da solidão - Porque Ele está comigo.
- da vergonha - Porque Ele preparou para mim uma mesa na presença dos meus inimigos.
- dos meus desapontamentos - Porque Ele me unge.
- da inveja - Porque meu cálice transborda.
- da dúvida - Porque Ele me segue.
- da saudade - Porque habitarei na casa do meu Senhor para sempre.
INDICO!