domingo, 25 de novembro de 2012

Atualização literária


Me falta inspiração para atualizar meu blog. Não é falta de tempo, é vontade mesmo. O ano de 2012 foi de lascar, mas em tudo Cristo me sustentou. Agora, que bom ter na leitura uma possibilidade de refúgio, de ida e vinda, de aprendizado. Já são 55 livros lidos e poderiam ter sido mais, porém o fútil de vez em quando tem que nos tirar da seriedade que contém a vida. No momento estou lendo 09 livros, e faço isso com facilidade, um capítulo por livro. Todos nós devemos separar um tempo para fazer aquilo que gostamos. Respeito quem não gosta de ler, mas me fascina quem gosta. 

Um breve relato de alguns livros que estou lendo:


"O Historiador" é uma ficção-histórica sobre o Conde Vlad III (Vlad Tepes), o Empalador, que reinou na Valáquia no século XV.  Fruto de 10 anos de pesquisa da autora sobre o tema. O nome deriva da raiz latina que significa dragão ou demônio (Drakulya), título honorário de Vlad. Drácula foi meio que eternizado por Bram Stoker, que além de criar uma criatura vampiresca, tomou como base relatos superticiosos de camponeses. O interessante é que o livro de Bram em nenhum momento menciona o nome de Vlad. Após ler sobre o livro, muitos o comparam com o livro de Bram Stoker, que apesar do vampirismo acentuado, fez uma crítica ao choque entre a cultura racional inglesa e a cultura superticiosa do Leste Europeu. Bem, todos sabemos que Hollywood tomou conta do assunto. 
 Em "O Historiador" já nos primeiros capítulos é possível perceber partes da História Medieval, História do Império Otomano e História Contemporânea (período da Guerra Fria). A autora consegue com muita imaginação preencher as lacunas entre a realidade e a ficção. O livro tem como enredo também a história de uma garota de 16 anos que descobre na biblioteca do pai em Amsterdã uma carta ... Há várias descrições das cidades (países) citadas ou visitadas, geograficamente e/ou culturalmente."


A mulher de trinta anos faz parte da obra máxima de Honoré de Balzac "A comédia humana - estudos de costumes - cenas da vida privada". Tido como inventor do romance moderno, Balzac duplicou às mulheres da época a idade do amor. Não apenas isso, mas também descreveu muito bem a França e os franceses no período entre a Revolução Francesa e a Restauração. Prova disso está nas páginas iniciais onde Júlia com seu pai assisti o desfile de Napoleão em 1813 e a fuga da mesma após a queda do imperador. Muito interessante o comentário sobre a tia de Vitor: "A tia não chorou, pois a Revolução deixou às mulheres da antiga monarquia poucas lágrimas nos olhos. Outrora o amor e mais tarde o Terror as familiarizaram com as mais pungentes peripécias, de modo que elas conservam em meio aos perigos da vida, uma dignidade fria, uma afeição sincera, mas sem efusão, que lhes permite serem sempre fiéis à etiqueta e a uma nobreza de atitude que os novos costumes cometeram o grande erro de repudiar.
Talvez a intenção inicial de Balzac era a crítica ao sexo masculino (ou feminino mesmo), e não apenas aos costumes da época. A descrição sobre o pai de Júlia (a protagonista) e sobre Vitor (seu marido) nos possibilita essa interpretação. "Conselheira do marido, ela dirigia suas ações e sua fortuna. ... Antes de mais nada, seu instinto tão delicadamente feminino dizia-lhe que é muito mais belo obedecer a um homem de talento do que conduzir um tolo, e que uma jovem esposa, obrigada a pensar e a agir como homem, não é nem mulher nem homem, abdica todos os encantos de seus sexo..." (pg 53) Enfim, Júlia tem uma anemia existencial após o seu casamento que de tão bem descrita, não chega a ser fútil. Apaixona-se por outro homem, porém a maternidade a impede (levando inclusive ao trágico - em relação a Arthur). Agora isolada de todos, elite e esposo -, espera a benção da morte. Vejamos o caminho que vai ser trilhado. 
 
Esse livro faz parte da minha meta literária de 2012. Tenho como meta 06 livros e acabei deixando esse de lado. Talvez eu não leia até o final do ano, não tem problema, obviamente. O autor, Flaubert foi processado após publicar Madame Bovary por "publicações obscenas". Cresceu como romântico e tornou-se adepto do antirromantismo para encarar a realidade. Talvez por isso sua heroína "Emma" comete o suicídio (pois é, já sei o final!). Apesar de detalhista, não chega a ser cansativo, mesmo quando se trata do chapéu de Charles Bovary ao chegar na escola da cidade. O fracasso do pai, a submissão da sua mãe, a personalidade forte da primeira esposa e o romantismo de Emma que é dada por seu pai a Charles por não ter que dar um grande dote, demonstra nas páginas iniciais o que Flaubert mais estudou, a estupidez provinciana.

 


Estou apaixonada por esse livro. Me foi indicado na aula de Mitologia Grega pelo professor. O resumo abaixo não é meu, foi extraído do site Skoob. 

Sinopse - Ayla, A Filha das Cavernas - Coleção Filhos da Terra Vol. 1 - Jean M. Auel

Nesta aventura pré-histórica ambientada há cerca de 35 mil anos em algum lugar da Europa, Ayla é a heroína de 5 anos que perde os pais em um terremoto e é resgatada por um grupo de uma outra tribo - o Clã do Urso das Cavernas. A pequena Ayla é uma cro-magnon, representante de uma espécie mais evoluída, e o clã que acolhe a menina é formado pelos últimos Neandertais. Eles se sentem ameaçados pela presença estrangeira, e à medida que Ayla cresce e amadurece, suas tendências naturais desabrocham, tornando-a o centro de uma brutal e perigosa luta pelo poder.
Bom, os outros livros, alguns têm sido um pouco cansativo, mas é muito raro eu abandonar um livro. Espero que não seja o caso. 
Saudações literárias.