Não pensem que estamos falando de mulheres feias, muito pelo contrário, estamos falando de mulheres bonitas e inteligentes. Em sua grande maioria o que coincide em suas histórias é o passado obscuro, uma infância dura, uma família cujos pais tiveram grande dificuldade para cumprir com eficiência a sua função. Em suas histórias, há muita dor. Quando a família não consegue suprir as necessidades emocionais básicas, as pessoas crescem com fome de amor. A necessidade as torna escravas e não lhes permite escolher. as relações dependentes estão fundadas nessa necessidade e não na escolha. (31)
Nesse contexto que a autora dividiu o livro em sete partes: o vício em relacionamentos, o começo, a desilusão, quando ajudar faz mal, estresse conjugal, dependências afetivas e a recuperação. O capítulo sobre "Quando ajudar faz mal" traz uma análise muito boa sobre codependência. Em todos os capítulos existem exemplos de relacionamentos onde o homem amado torna-se o homicida da mulher dependente. A autora também discute sobre a escolha de profissões e traz no último capítulos sugestões de auxílio para a cura da dependência afetiva. Levando em consideração a nossa cultura que nos remete à dependência desde a infância, acho muito válido a leitura. Indico.