Desejei ler “As
48 leis do poder” (Robert Greene/Joost Elffers) em 2008, não sendo
possível, esperei pacientemente, acreditando que os motivos que não me
permitiram lê-lo antes, seriam suficientes para aguardar. Esse livro pode ser
considerado uma preparação para uma vida de dissimulações, aonde o indivíduo
vai se tornar um personagem para adquirir o tal poder. Interessante que todos
os exemplos citados são de séculos passados, logo qual seria esse poder?
Vamos começar pelos autores: Robert Greene é escritor de livros sobre estratégias, sedução e
poder. O livro possui muitos exemplos históricos, ainda que uma lição acabe
contradizendo o mesmo exemplo que citou na lição anterior. Há muitas repetições
de personagens históricos (Ivan, o Terrível; Talleyrand; Joseph Fouché;
Napoleão e outros) que tornam algumas lições cansativas e muitas delas poderiam
ser mescladas, surtindo o mesmo efeito.
Continuando, o autor saca muito de História, pois
antes de escrever o livro em 1998, foi desenvolver de história em Hollywood. Conselheiro
de empresas norte-americanas, também é conselheiro do produtor de cinema Brian
Grazer e do rapper 50 Cent. Sobre Joost Elffers, acredito que holandês, há
pouca referência dele na virtualidade e aparece apenas como produtor do livro.
Seria Greene o Nicolau Maquiavel
contemporâneo, sendo que o primeiro no livro O Príncipe, ofereceu sugestões a Lorenzo II de Médici a partir de acontecimentos passados. Logo, não
há nenhuma inovação da parte do autor estadunidense.
A obra possue algumas lições a nível de autoajuda, outras
sugestões são até óbvias demais tipo “evite o azarado” e o que me prendeu até o
fim, foram os exemplos históricos citados na chave do poder, a lei transgredida
e o inverso. Não que não existam pessoas capazes de aplicar as leis sugeridas,
o mundo é uma selva, dos negócios então, perigoso. Mas, eu indico os resumos (por
exemplo, http://www.baciadasalmas.com/2009/as-48-leis-do-poder/)
e resenhas (apesar que aparentam conselhos inocentes e o teor integral do livro
é bem “maquiavélico”) do que o livro propriamente dito. Que diga-se de
passagem, é o mais lido na prisão norte-americana.