sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Diário literário Agosto/2013 O mês que não acaba




Desejei ler “As 48 leis do poder” (Robert Greene/Joost Elffers) em 2008, não sendo possível, esperei pacientemente, acreditando que os motivos que não me permitiram lê-lo antes, seriam suficientes para aguardar. Esse livro pode ser considerado uma preparação para uma vida de dissimulações, aonde o indivíduo vai se tornar um personagem para adquirir o tal poder. Interessante que todos os exemplos citados são de séculos passados, logo qual seria esse poder? 

Vamos começar pelos autores: Robert Greene é escritor de livros sobre estratégias, sedução e poder. O livro possui muitos exemplos históricos, ainda que uma lição acabe contradizendo o mesmo exemplo que citou na lição anterior. Há muitas repetições de personagens históricos (Ivan, o Terrível; Talleyrand; Joseph Fouché; Napoleão e outros) que tornam algumas lições cansativas e muitas delas poderiam ser mescladas, surtindo o mesmo efeito. 

Continuando, o autor saca muito de História, pois antes de escrever o livro em 1998, foi desenvolver de história em Hollywood. Conselheiro de empresas norte-americanas, também é conselheiro do produtor de cinema Brian Grazer e do rapper 50 Cent. Sobre Joost Elffers, acredito que holandês, há pouca referência dele na virtualidade e aparece apenas como produtor do livro. Seria Greene o Nicolau Maquiavel contemporâneo, sendo que o primeiro no livro O Príncipe, ofereceu sugestões a Lorenzo II de Médici a partir de acontecimentos passados. Logo, não há nenhuma inovação da parte do autor estadunidense. 

A obra possue algumas lições a nível de autoajuda, outras sugestões são até óbvias demais tipo “evite o azarado” e o que me prendeu até o fim, foram os exemplos históricos citados na chave do poder, a lei transgredida e o inverso. Não que não existam pessoas capazes de aplicar as leis sugeridas, o mundo é uma selva, dos negócios então, perigoso. Mas, eu indico os resumos (por exemplo, http://www.baciadasalmas.com/2009/as-48-leis-do-poder/) e resenhas (apesar que aparentam conselhos inocentes e o teor integral do livro é bem “maquiavélico”) do que o livro propriamente dito. Que diga-se de passagem, é o mais lido na prisão norte-americana.