quarta-feira, 14 de março de 2012

Diário Literário - Março/2012


(12º livro) Filhos do Éden - Herdeiros de Atlântida é o primeiro livro da saga de Eduardo Spohr, mesmo autor de A Batalha do Apocalipse. Aliás, um não é continuação do outro, porém muitos termos e personagens são presentes nas duas obras literárias.

A literatura de Spohr é rica em situações que nos levam a usar a imaginação, isso é muito bacana. Não sei bem se é uma literatura que adultos também apreciem, pois o Batalha do Apocalipse foi indicação de um ex-aluno e o interesse por Filhos do Éden foi curiosidade de saber se o autor acertaria tanto nesse como no seu primeiro.

Confesso que gostei mais do primeiro pelos eventos históricos que o autor mesclou com o enredo. Spohr também utiliza nesse livro anjos e demônios bíblicos ou criados por ele. Também é baseado no conflito celestial entre Miguel e Gabriel, participando tanto os partidários de um como os partidários de outro.

Nas duas ficções Yahew criou o mundo em seis dias com auxílio dos principais anjos que eram irmãos e descansou no sétimo dia, deixando para os anjos a missão de cuidar de tudo no seu descanso (que dura até hoje). Dotados de sentimentos contraditórios, há várias guerras civis no céu por causa da raça humana, dotada de eternidade e livre arbítrio. Há guerra civil nas camadas celestiais, segundo o autor, até hoje.

Os eventos catastróficos que ocorreram na História da Humanidade foram enviados por alguns anjos com o propósito de exterminá-los. Esse é o foco central das obras e para quem se sentir perdido o autor anexou no apêndice informações como as camadas celestiais, os personagens, glossário, cronologia etc.

Os personagens principais dos Filhos do Éden são: a arconte (Kayra), um querubim exilado, um querubim guerreiro, um ofanim, anjos e vários demônios. A missão é encontrar as ruínas da cidade de Atlântida. O ponto de partida é a cidade de Santa Helena no Rio de Janeiro e esse primeiro livro acaba em Brasília. Não vou contar tudo, mas a impressão que tenho é que o autor foi criando tudo conforme ia escrevendo, surgindo as ideias e colocando no papel. Não sei, posso estar errada, mas digo mais uma vez, o seu primeiro livro pareceu mais bem planejado.