domingo, 17 de novembro de 2013

Diário Literário novembro/2013 31° livro lido!




Khaled Hosseini é médico e escreve em seus momentos de lazer. Pense! Devido à vitória comunista nos anos 70 teve que, juntamente com sua família sair do Afeganistão e viver sob  asilo político norte-americano. Seu primeiro livro, que a maioria conhece por causa do filme e não do livro, foi um sucesso, O caçador de Pipas. Após o livro impresso, o autor visitou sua terra natal. Logo, tudo que descreveu foi resultado das suas lembranças sobre o local que passou a sua infância. Diferente dos outros dois livros posteriores, nesse ele relata o fim do período monárquico no final da década de 70 e os soviéticos no país. O Taleban e períodos de guerras no Afeganistão são temas presentes nas três obras. 
 
Suas obras se remetem à separação e quase sempre de forma dramática. O caçador de Pipas, percebe-se que a amizade oferecida de um lado, nem sempre é na mesma proporção do outro. Em "A cidade do Sol" (até agora, é o meu preferido), a guerra do Afeganistão decide o destino de duas mulheres, Laila e Mariam. Do início ao fim, drama puro, prepara-se pra chorar. Não é masoquismo literário, é a realidade com pano de fundo temas históricos. Respeito que lê apenas literatura fantasiosa, eu leio de vez em quando, mas eu acho válido a capacidade de alguém conciliar fatos e narrativas da forma como esse autor faz. 

Sobre a obra em questão da postagem, li algumas críticas. Uma em especial me deixou um pouco perplexa. Não concordo quando o crítico acusa o autor de tentar o melodrama de forma abusiva. Tudo bem, há uma diferença no estilo do autor percebível no seu terceiro livro. Nesse ele faz recortes e envolve mais personagens, conciliando ou não suas histórias no enredo. O final como era de se esperar não é o que o coração do leitor espera, me foi frustrante, não pela escolha do autor, mas pelo lado esperançoso que acabamos carregando no peito. Confesso que não teria como ser de outra forma. Nos recortes citados, o autor começa em Cabul, passa pelo Afeganistão em Guerra, Grécia, EUA e França. De todos os personagens, o que mais gostei foi a poetisa Nila, com todas as suas cicatrizes que de forma indireta, decidiram o destino de Pari (personagem principal). INDICO!