sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Diário literário fevereiro/2012

Fim das férias e início das atividades que me tornam uma pessoa ocupada e muitoooooooooo cansada, logo achar tempo e energia para ler é quase uma odisseia homérica.

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Comecei hoje a leitura do livro O universo, os deuses e os homens (Jean-Pierre Vernant)  e já estou na página 77, difícil largar. Esse livro foi indicação da professora Danielle Nastari no último curso de Introdução à História da Arte (janeiro) e muito dos mitos que ela citou, fazem parte do mesmo. O autor, assim como Platão, chama esses mitos gregos da Antiguidade Clássica de fábulas de ama-de-leite, pois eram os mitos que costumava contar para seu neto Julien antes de dormir. Assim como ele, também me encanta a forma como os mitos passaram de uma geração à outra na Antiguidade, fora de qualquer ensino oficial, sem transitar pelos livros, para formar uma bagagem de comportamentos e saberes, várias regras de conduta e bons costumes. Apenas inspirados pela deusa Mnemosýne (Memória). O texto tem uma linguagem simples, combinado com Filosofia, História, Antropologia e Linguistíca. (Lendo...)




 O crime do padre Amaro (Eça de Queirós) foi o livro escolhido para minha leitura a caminho do curso. Detalhista com Saramago em seus textos, a produção literária de Eça de Queirós costuma ser dividida em três fases: romântica, realista e social-nacionalista. O crime de Padre Amaro faz parte da realista, fase que o autor passou a escrever obras de combate às instituições vigentes (monarquia, Igreja e burguesia). A cidade é Leiria (Portugal) e o pano de fundo é (segundo li nas críticas) o retrato fiel e minucioso da sociedade, muito influenciada pelos membros do clero, como é comum, entre a gente dos pequenos aglomerados da província. Eça pretendia apontar a corrupção existente no meio eclesiástico da época. Obviamente, o escandâlo maior vai ser a paixão do padre e uma mulher que vai ficar grávida do mesmo. Ainda não cheguei nesse ponto. (Lendo...)