quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Diário literário janeiro/2015 parte I



01/2015 - Como eu era antes de você/Jojo Moyes. 

Primeiro livro findado no tal de Kindler, que minha cazamiga Amanda me emprestou. A princípio fiquei receosa, meio "acho que a bateria pode acabar se eu levar no ônibus", "e o cheiro de livro novo!?" ou "e para ler o final, como faço vez em quando!?". Pura resistência. Você consegue levar "trocentos" livros de uma única vez. Me senti traidora no começo, mas passou. Quando li o título, lembrei de um comentário sobre "livros de menininhas", não me cativou muito. Porém, fui percebendo que havia ali um tipo de desemprego  e analisando o assunto acabei me apegando ao tema. Aliás, aos temas. Louise, ex-garçonete precisa ajudar aos pais na renda doméstica e isso implica em aceitar qualquer emprego. Logo eu discordo da maioria das resenhas virtuais sobre ela ser uma garota sem ambição. Era a realidade dela. Sua irmã, egocêntrica e narcisista, mãe solteira, também teve que trabalhar em uma floricultura. Em algumas pessoas como Lou, o que faltava era estímulo e não ambição. Então, aparece Will. Vítima de um atropelamento, ficou em uma cadeira de rodas. Era dele que Louise teria que cuidar, não como enfermeira, mas como acompanhante. Louise também tem um namorado, que diga-se de passagem, um nojo em pessoa. Com o relacionamento conturbado com Will, que devia durar seis meses, Louise começou a explorar outros mundos e tem diante de si a difícil missão de fazer Will desistir de dar fim a própria vida. Ótimas reflexões sobre o modo como deficientes são vistos e tratados pela sociedade e o polêmico tema "eutanásia". Leitura simples, não sei qual o problema em chamar de clichê, mas nos faz refletir sobre o outro e sobre todo potencial que o outro enxerga em nós, antes de nós mesmos conseguirmos enxergar. Super indico. 



02/2015 - Freud me segura nessa!/Laura Conrado


À primeira vista, parece uma cópia barata de Bridget Jones. Mas, logo elas se separam. Cat, desejava muito amadurecer, Bridget de forma distraída vai acertando os passos na vida. No primeiro livro "Freud me tira dessa", Cat se apaixona pelo analista, perde amores para outras (inclusive sua irmã) e resolve problemas com sua mãe. Desempregada, no segundo livro ela vai tentar a sorte em Nova York. De cara, um namorado e é aí que os problemas começaram. Ela então conhece a psicanalista brasileira Sofia e as conversas de consultório representadas no livro são ótimas. De fazer refletir. Com seu amigo Fernando, a atriz Emma e a puritana Candice, Cat divide o apartamento, a vida, as expectativas e como o leão (coragem), o homem-de-lata (coração) e o espantalho (Cérebro), a nossa Dorothy vai administrar os sonhos dos amigos (meio Amélie Poulien). Vale muito a pena. Clichê!? Talvez. Super indico.