quinta-feira, 26 de junho de 2014

Resenhando 18° e 19°/2014 JUNHO


19° livro lido em 2014, o autor começa escrevendo sobre civilização e seus conceitos na introdução. Depois aborda no primeiro capítulo sobre a China e Lao-Tsé, Confúcio e Li (o anjo banido). Índia: de Buda a Indira Gandhi (que não teve parentesco nenhum com Gandhi e tive o privilégio de conhecer mais no livro "O sári vermelho" de Javier Moro). Um detalhe interessante sobre o budismo depois do período de Ashoka em Ceilão (e tão atual aqui no Ocidente): "Fiquei chocado (o autor) ao ver na parede de um mosteiro budista uma grande pintura mostrando o amável fundador do budismo ((uma das suas cinco regras morais era não matar nenhum ser vivo)distribuindo punições ferozes no inferno. Quando protestei, um monge me explicou que, a menos que a religião pregasse igualmente o terror, a virtude e a bênção, não conseguiria controlar o desenfreado individualismo da humanidade.

Egito - Das pirâmides a Akhenaton; hipótese da construção das pirâmides; código moral; arte e finaliza com breve biografia de Akhenaton e Ramsés. Filosofia e poesia no Antigo Testamento: o nascimento de uma nação. Os profetas; os filósofos; os poetas. Termina o capítulo praticamente "filosofando"...

Grécia - expansão geográfica; Heráclito, Safo, Pitágoras e Sólon (primeira parte). A época áurea de Atenas - o período entre o nascimento de Péricles e a morte de Sócrates, considerado o mais notável da história mundial para alguns.Finalizando Grécia e mesclando com Macedônia de Platão a Alexandre, o Grande.

Breve análise da Roma Republicana nos aspectos: familiar, religioso e disciplinar. Maneiras pelas quais o caráter romano foi moldado.Resumo sobre as guerras púnicas (Roma X Cartago). Fim da primeira parte sobre Roma que finaliza com a morte de César. O autor é muito objetivo e resume bem. De Nero a Marco Aurélio (na verdade o início do governo do seu filho Cômodo.

Primeiro relato que leio onde o autor não utiliza Flávio Josefo para descrever Jesus e o período histórico. Citou apenas Tácito, os evangelhos e epístolas.Capítulo sobre o crescimento da Igreja, o reverso da medalha, de perseguidos a perseguidores. Assim, cresce a religião denominada cristianismo na Idade Média. Ainda sobre Heloísa e Abelardo e a canção medieval.

Renascimento parte I: Norte da Itália, Florença e outras. A família Médici. Sobre o Renascimento parte II, metade do capítulo sobre Leonardo da Vinci.O Renascimento parte III sobre papas, mecenatos, Maquiavel.O declínio de Veneza e sobre a arte veneziana, o artista Ticiano.

A Reforma parte I. Sobre John Wyclif, o Cisma Papal (1378-1417), Jan Hus, Jerônimo de Praga, Desidério Erasmo (Elogio da Loucura)e a Alemanha às vésperas de Lutero (1300-1517). Capítulo excepcional para àqueles que costumam apontar apenas Lutero como "o cara" da Reforma sem analisar o contexto ao redor do mesmo que acabou possibilitando o acontecimento.

A Reforma - parte II Lutero e os "comunistas" (1517-1555). Sobre a indulgência de Leão X e Johann Teztel. O último vendeu indulgência perto de Witterberg (Frederico tinha proibido a pregação da mesma de 1517 em seu território).Os compradores perguntaram para Lutero e pediram para atestar a eficácia. Ele recusou. Textel o denunciou e tornou seu nome imortal na História. A Reforma como Revolução; A Dieta de Worms (1521); A Revolução Social (a guerra dos camponeses 1522-1536)e a visão de Lutero sobre o assunto (desça o sarrafo!); O "comunismo" anabatista (desvinculados dos menonitas e batistas norte-americanos) e o triunfo da Reforma (1525-1555). E ainda sobre o "herói" Lutero venerado por muitos: "Pois um reino deste mundo não pode sobreviver a menos que exista uma desigualdade entre os homens, de modo que alguns sejam livres, alguns prisioneiros, alguns súditos.

Sobre a Reforma Católica (1517-1563): Santa Teresa de Ávila que fundou alguns mosteiros carmelitas dotados de disciplina religiosa. Aliás, a escultura "O Êxtase de Santa Teresa" de Gian Lorenzo Bernini tenta (até consegue...) descrever uma de suas visões que adquiriram forma de êxtase religioso; Inácio de Loiola, também muito dotado de disciplina religiosa, fundador da Companhia Jesuítica (na época o objetivo dele e de um pequeno grupo era outro)e o Concílio de Trento (1545-1563).

Final do livro com Shakespeare (Renascimento)e Francis Bacon (Iluminismo)na era de Elisabete I (Reforma). Indico!

18° livro lido em 2014: cinco anos de pesquisa e o tema dividido em dois livros. O primeiro, da Pré-História até o Renascimento e esse, do Iluminismo até os dias atuais.Iluminismo, metade do século XVII e início do XVIII, começando o capítulo com os bailes de máscaras.Luís XIV - o Rei Sol da França e Charles II - Rei da Inglaterra: nada de demonstrar emoções. No período iluminista, seduzir e abandonar.Finalizando o capítulo sobre o Iluminismo: erotismo versus pornografia,os libertinos, Don Juan, Marquês de Sade, Casanova, a Revolução Francesa, a caminho do século XIX e os papéis distintos baseados na moralidade.

Início do período "Romantismo" de 1800 a 1914. Um tipo de amor impossível. Influência de Goethe. Do amor cortês ao amor romântico.A tradição romântica do século XII retorna no início do século XIX sob medida para a classe média. No que diz respeito à repressão sexual, mas não neste aspecto, foi marcado pela presença avassaladora de uma pequena mulher: a rainha Vitória. Sua época recebeu seu nome e sua marca.Sobre a mulher no período romântico.

O lance da boneca francesa que passa de uma mulher em miniatura para um bebê. A boneca que antes fora uma confidente foi substituída pelo aprendizado do papel materno. Eis que em 1920 surge o animal de pelúcia, pense!Já o animal de estimação ganhou importância desde a Corte de Luís XIV que rompeu com a indiferença cristã diante do animal que diziam ser desprovido de alma. A afeição de Rosseau a seu cão ajudou bastante na mudança de sentimento. Até o piano se tornou confidente que traduzia queixas e sua evolução está registrada em várias literaturas de época.

Sobre o namoro, casamento e outros comportamentos na era vitoriana.Freud e a psicanálise, diferente da psiquiatria, que apenas tinha como pretensão manter a sociedade livre da loucura alheia. Na psicanálise surge a possibilidade do indivíduo falar sobre si e sobre sua sexualidade no século XX.A doença feminina do século, obviamente a histeria. Caso de Bertha Pappencheim (Anna O.) e o relato de Joseph Breuer que a auxiliou pelo método da cura pela fala. Biografia dos transgressores: George Sand (Amantine Aurore Lucile Dupin), Oscar Wilde e Auguste Rodin. Belle époque...

Fim do capítulo sobre a era romântica, período victoriano e como o livro se trata em geral do Ocidente, o amor idealizado, que estraga relações reais. Papéis definidos historicamente e difíceis de modificar.A loucura toda na era do jazz e a crise de 1929.Muito interessante o tema "A força de Hollywood" e "A Segunda Guerra". Fim do capítulo "Século XX: primeira metade".

Penso que o título deveria ser "O livro das mulheres" porque a mulher aparece como protagonista na História diversas vezes. Mulheres sendo a mudança pelos seus comportamentos não padronizados pela sociedade mudando radicalmente o curso histórico, ou sendo vítima dos mesmos padrões e não participando de forma ativa. O livro todo é assim. Fim do capítulo Século XX: pós-guerra. Repetitivo demais ou tudo é muito cíclico.


Século XX: Revoluções. Rapaz, o chamado Contracultura foi uma loucura; movimento hippie; Woodstock; AI-5; movimento feminista (e saiba que a queima do sutiã não rolou, não nesse momento); movimento gay (pela segunda vez a autora afirma que a pílula possibilitou a saída do armário!); momento Stonewall; e um feed-back do livro 01 e 02 da pré-História aos dias atuais. Indico!