sábado, 12 de outubro de 2013

Exagerado, jogado aos seus pés ... (Diário literário/outubro 2013)






Antes de abordar sobre o Transtorno de Personalidade Borderline, a autora descreve o que é uma personalidade. Essa é uma combinação dinâmica de temperamento e caráter de um determinado indivíduo, o último é moldado pelo aprendizado social, cultural e por acontecimentos vitais e marcantes. Já o temperamento é herdado geneticamente.

Os borders constantemente são confundidos com os portadores de depressão, ciclotimia e TDAH. Os borders capotam nas emoções, no excesso de sentir e possuem sintomas dos transtornos de ansiedade, TAG, TOC, pânicos e fobias. A pessoa border apresenta também dificuldades de concentração e impulsividade, no entanto a origem destes não está na hiperatividade mental (como no caso dos Tdah´s) e sim na hiperatividade emocional e afetiva. 

Suas relações amorosas são marcadas pela intensidade, dramatização e dependência afetiva. Em função disso, muitas pessoas com essa personalidade acabam sendo vítimas passivas de parceiros agressivos e até perversos. A autora dedica um capítulo para relatar as disfunções emocionais, cognitivas, comportamentais e pessoais dos TPB´s. Relata sobre o transtorno em crianças e adolescentes, sendo também presente em mães, classificadas em vitimizadas, defendidas, autoritárias e malvadas.

As relações interpessoais no universo borderline é um verdadeiro "pisando em ovos". Mesmo não sendo bordelirne, é possível estar ou parecer border. A autora utiliza de músicas temas para demonstrar estar border: "Nua Ana Carolina", parecer border "Meu vício é você Chico Roque e Carlos Colla" e ser border "O lado quente do ser de Marina Lima". Há um capítulo sobre os possíveis tratamentos terapêuticos e o uso da medicação.

Muito interessante o capítulo com as biografias dos xxemplos de celebridades borders: Amy Winehouse, Janis Joplin (MAMIS!!!), Marilyn Monroe, Tony Curtis e Elizabeth Taylor.  Muito importante o estudo sobre os fatores genéticos, ambientais e sociais, sendo de suma importância rever as relações afetivas. A leitura dos livros dessa autora (na minha opinião) deixa o assunto no limbo, por não ser direcionado nem para o público em geral e nem para a sociedade médica. Acredito que ainda assim, tem sua grande serventia.