quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Diário de uma TDAH/DDA


O que as pessoas não entendem é que ser TDAH não significa se deixar possuir. Eu tenho, mas não quer dizer que vai me ter por completo. Até tentam me convencer de forma pacífica, subliminar ou de uma ausência ou presença quase agressiva é que ser TDAH é ser incapaz de obter ou de ter habilidades e competências. Parece que se tornou o próprio sinônimo de fracassos pessoais, emocionais, espirituais e financeiros. Se você não tem conquistas, com certeza é! Peraí! Isso é uma regra? Minhas conquistas desfazem o diagnóstico? 
Então não aceito rótulos e nem fico utilizando tal adjetivo para viver dando desculpas dos meus atos. Detesto também, seja de perto ou de longe, pessoas que tem endereço fixo na cadeira da vitimização ou na síndrome de Gabriela "nasci assim e vou morrer assim". Ultimamente me indago o que seja luta social pela causa política e educacional do modismo de rótulos para tudo que nos personifica a partir do olhar do outro ou de comportamentos não limitados e repetitivos. 
Eu, particularmente, não faço parte dessa linha de raciocínio e digo de peito aberto que com todas as limitações que possuo, não me dou por vencida. Não importa se vou chegar depois, muito machucada pela incompreensão, com ou sem medicação, o que realmente importa é que vou chegar. Só preciso doutrinar com muito carinho onde dirigir meu foco, manter o foco e não perder o foco. O resto é bobagem, coisas passageiras de um ser normal.
Não afirmo que seja fácil, um mar de rosas, e nem que preciso de uma força do sistema que me rodeia, mas por favor, não tentem me frear afirmando que é impossível. E aos meus alunos que também possuem diagnóstico, aconselho: nunca permitam que o diagnóstico, determine de fato quem é você. Pra cada acerto, dois erros, pra cada erro, quem sabe um acerto. Não deixe de tentar, antes, durante ou depois de uma  desejada ou não, procrastinação. 
#prontofalei
 ObS: Se não concorda, crie um blog e coloque suas ideias, o meu espaço não é um fórum de debates de fundamentalistas pró ou contra o diagnóstico do século.