Gente, um livro lançado em 2014 e a forma como "aconteceu" é muito interessante. De forma resumida, a autora precisou de uma narrativa para participar de uma oficina do falecido autor colombiano Gabriel García Marquez em 2006. Ela conseguiu participar. Vou escrever tudo direitinho com maiores detalhes na resenha do livro, pois acredite, a história é fértil e muito interessante. Realmente tem uma cidade chamada Caridade no sertão cearense com uma cabeça de santo.
Devaneios da Sally
Do que leio, assisto, sinto e deduzo. Nunca será uma verdade absoluta, apenas uma opinião, quem sabe equivocada, do meu olhar diante do mundo.
sexta-feira, 4 de julho de 2025
A cabeça do santo (ainda não é a resenha)
Breve relato do 1º Encontro Literário da Sally
Organizando a minha participação em um festival nipônico aqui na city, segui ocupada, pois é uma forma segura de desviar dos nossos desejos e sonhos. Álias, procrastinar fazendo mil coisas é uma forma segura de acreditar que "não procrastinamos". Assim segui desde o dia que lancei a data do meu 1º encontro literário aqui no blog e mandei convites para muitas pessoas. Não botei muita fé! Porém, a mensagem do whatzapp chegou dois dias antes da data marcada. Daisy, uma grande amiga, havia anotado na agenda e, sua mãe, também uma grande amiga, participaria. Incrível como no impulso da urgência eu não fico no limbo da dúvida. Decidi de forma rápida: farei!
Mas deixa eu explicar essa decisão impulsiva que foi mais rápida que a indecisão desde o dia que lancei a data: eu faria o meu primeiro encontro com pessoas confiáveis, amáveis e que não pesava em mim a dúvida do amor que sentem por mim. Nunca gostei de multidão, mas estar entre pessoas que fingem apreço a mim, me deixa muito mal. Convidei de última hora uma amiga leitora que aceitou sem pensar duas vezes. Confesso que li apenas os dois primeiros capítulos, pois no processo de autossabotagem, não ler seria um mecanismo útil de fuga. Mas durante o encontro, explanei sobre o tema, sobre mim e foi uma catarse tão fluída, que eu gostaria que tivesse sido filmado (ou não).
Adoeci após o encontro nipônico (meu estado de saúde atual). Eu tão ativa e elétrica me vi obrigada pelo meu corpo a parar e repousar. Passados os dias de dores, sentei e li mais dois capítulos do livro tema do encontro literário - Medo de dar certo: como o receio de não conseguir sustentar uma posição de sucesso pode paralisar você (Natália Sousa). Me conectar novamente custou um pouco. Gosto muito do podcast e até a escuta me deixou irritada por esses dias. Tipo: "agora eu tenho tempo, estou em casa, férias merecidas da faculdade, quase recesso da vida de professora"... mas a identidade de ser tudo tão difícil faz parte do medo de dar certo.
Bom, finalizando, li o capítulo 4 - Medo de dar certo devido à ansiedade que o sucesso causa. Anotei com carinho para o próximo encontro (sim! teremos!) 30/07 situações que a autora explana e que me fez refletir muito. Só queria deixar aqui registrado uma situação que ela, Natália, leu um poema de autoria própria e ninguém deu atenção. Ela se sentiu péssima. Então ela foi em um retiro e para não jogar fora as cópias do seu poema, deixou na pousada. Foi lido por todos daquele lugar. Inclusive virou canção na voz de Marisol Mwaba e tive o prazer de assistir e ler. Ainda bem que ela não jogou fora.
Tu inteira nunca é só.
Ser do tamanho que se é sempre, mesmo que o olho nu não a alcance. Ser nu nos amores, nas certezas e nas defesas. Ser enorme em tudo que te habita e viver todas as coisas com a urgência de uma vida que é uma e é só.
Tu inteira nunca é só.
Ser terra, plantio e colheita da tua própria primavera. Ser grande. Ser imensa. Ser tudo que pode e a todo tempo ser descanso e balanço para tua criança e ser amiga dela.
Ser você e com você, ser tudo.
Ser mulher.
Tu inteira, lembre bem: nunca é só!
domingo, 11 de maio de 2025
Cinebiografia "O Número 24" (Netflix)
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Imagem Netflix |
No entendimento da Política de Neutralidade, um país soberano neutro não poderia ser invadido pelos países envolvidos. A Noruega (desde a sua independência em 1905) era um país neutro na Segunda Guerra Mundial e mesmo assim foi invadido pela Alemanha em abril e junho de 1940. Os interesses para o Terceiro Reich era o transporte dos minérios de ferro exportados pela Suécia e Hitler também queria o controle marítimo contra os Aliados. É possível perceber a importância marítima devido a sua localização geogrâfica (mapa), principalmente durante os invernos rigorosos sem possiblidade de recebimento de miníerios pelas ferrovias.
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Imagem site Toda a Matéria |
É nesse contexto que Gunnar Sonsteby passou a agir e atuar com o condinome "Kjakan" (O Queixo) e Agente 24. Como o mestre do disfarce, ele atuou com mais de trinta identidades, falsificações de assinaturas, sabotagens, fugas e outros atos contra o avanço e permanência dos soldados alemães. Para se ter uma ideia, ele se tornou um dos homens mais procurados pela Gestapo e sua identidade só foi descoberta no final do conflito. Ele afirmava que a dificuldade de ser descoberto pelos alemães se dava por sua fisionomia comum.
No final do filme, temos uma pergunta feita por uma aluna na palestra sobre um parente que foi morto pela grupo que Gunnar fazia parte. Fica uma dúvida moral sobre qual a ética diante desse paradoxo militar. Durante a passagem de cenas do Gunnar jovem, percebemos um jovem decidido e até rígido com os amigos, talvez seja uma justificativa que responda a pergunta. Não vou aqui citar a resposta fornecida por ele, mas você vai perceber uma certa postura de que o personagem fez o que achou certo naquele momento e isso não é heroísmo é parte da resistência. Após a invasão alemã, a Noruega optou por aderir a OTAN em 1949. Gunnar faleceu em 2012 aos 94 anos e recebeu um funeral de Estado.
sábado, 10 de maio de 2025
1º ENCONTRO LITERÁRIO "MESA AO LADO - DEVANEIOS LITERÁRIOS COLETIVOS"
Me conectei com a vida de Natália como se ela por algum motivo tivesse sido parte de alguma matriz que eu também fizesse parte. Temos pequenas diferenças de profissão, localização, prioridades mas na essência me perguntei se não seríamos irmãs. Bom, nessa sociedade e com alguns itens que não tenho intenção de abordar aqui, até responderia que somos feitas da mesma receita social/estrutural. Senti e sigo sentindo Natália como uma possibilidade de coisas que eu não conto a ninguém e ela disserta com uma leveza apresentando as suas dificuldades. O seu discurso não é de meritocracia e sim de humanidade.
Eu cheguei a ouvir o episódio que ela falou do lançamento do seu livro. Até fiquei sabendo de um livro anterior e que está esgotado e sei que me autosabotei a ponto de não comprar o livro na época que ouvi o podcast. Citei o livro mês passado para uma amiga que me contou hoje que, quando eu sugeri, comprou no dia seguinte. MANO! Falei com tanto entusiasmo e nem ao menos comprei (sim, eu me autosabotei, ainda faço isso). Pois bem! Ontem escutei o episódio S07EP268 do dia 12 de março (eu não sigo uma sequência) e após isso que decidi comprar mesmo com condições financeiras desfavoráveis (mentira da autossabotagem, já fiz loucura por livros). Comprei a versão Kindle que não sou muito fã pela dificuldade de fazer histórico na estante SKOOB.
Bom, esse é o relato da escolha do livro para o meu primeiro encontro de devaneios literários em grupo. Devaneios porque pode fazer sentido ou não. Vai saber! Talvez após lê-la, eu me sinta mais parte da mesa de bar da Natália. Mas, por ora, eu quero ficar na mesa ao lado escutando a conversa, tomando uma água com gás e limão, esperando que ela me note (carência literária). Talvez pela lindeza da autora, isso não faz sentido, mas faz parte das curas que ainda preciso e quem me conectam ao tema. Por isso essa conexão maravilhosa.
Nosso encontro será no dia 25 de junho 20h-22h (Brasília) via meet ou zoom, ainda vou decidir. A intenção é que seja sempre na terceira quarta-feira do mês, mas sigo já colocando excecão no primeiro encontro, pois a regra é que não seja imutável ou engessado. Não é obrigatória a leitura para a participação, nem sempre conseguimos comprar e/ou os tempos são de acelerada exaustão produtiva. Mas deixo aqui com todo o carinho e sinceridade do mundo esse convite do grupo MESA AO LADO - DEVANEIOS LITERÁRIOS COLETIVOS.
O grupo não tem o propósito intelectual modelo regra ABNT e nem de substituição de terapia. Jamais! A regra será o respeito da opinião alheia, desde que não seja apologias surreais de preconceito ao próximo. Não será gravado e no final do encontro haverá a sugestão do próximo livro. Eu sou leitora desde o século passado (hihihi), mas eu não sou curadora, mediadora, especialista. Mas segui essa vybe aqui já da leitura que comecei hoje:
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A vida se reorganiza no movimento |
Caso deseje participar e não me conhece, tem uma caixa de mensagem no final da página (versão PC) que você pode entrar em contato comigo (sallyinacio@yahoo.com.br). Me envie seu nome, whatzapp com DDD e email. Vou te relembrar perto da data no formato que for melhor pra você (por exemplo, odeio whatzapp e ainda amoooo email). Não tenho intenção de vender nada, não sou patrocinada por ninguém e minha intenção é apenas troca de devaneios literários. Você vem? Você segura na minha mão nesse primeiro passo?
terça-feira, 6 de maio de 2025
Dia da Matemática e a cura pela Literatura
Art. 1º Fica instituído o Dia Nacional da Matemática, a ser comemorado anualmente em todo o território nacional no dia 6 de maio, data de nascimento do matemático, educador e escritor MALBA TAHAN. Art. 2º O Poder Executivo incentivará a promoção de atividades educativas e culturais alusivas à referida data.
quinta-feira, 1 de maio de 2025
Sobre o 1º de maio - Dia do trabalhador
Quero ser sucinta e deixar aqui a sugestão do registro do fotógrafo Sebastião Salgado. Que eu acho phodhástico.
Só pra resumir, o 1º de maio era um dia de fechamento de ano contábil em algumas fábricas, onde trabalhadores tinham seus contratos encerrados e/ou renovados em Chicago. Começaram uma campanha a partir da data e de uma greve, que foi seguida por muitas outras cidades (3/05/1886). Os trabalhadores começaram a pedir redução de jornada de trabalho (era de 17h). Polícia neles, como sempre. Mortes, inclusive. Não vou escrever sobre movimentos operários, Intentonas Socialistas, Anarquismo, Greves Gerais e etc.
A data não surge com Vargas, mas o trabalhismo. Essa coisa florida de desfiles, "parabéns" e tudo aquilo que tira o foco da luta por melhorias e garantias dos direitos dos trabalhadores. Reconhecimento sim, esquecimento, jamais.
O fotógrafo Sebastião Salgado registrou 132 imagens de trabalhadores braçais no período entre 1986 e 1992 em 25 países (Trabalhadores, uma Arqueologia da Época Industrial). Se para nós ainda há muito o que lutar, imagine para a galera registrada nas fotos.
https://www.culturagenial.com/fotos-sebastiao-salgado/
Dia da Literatura Brasileira
segunda-feira, 21 de abril de 2025
Muito Louca - Netflix
Bom, eu busquei filmes de 90 minutos (tenho TDAH e filmes longos são torturantes pra mim) e na verdade a duração de Muito Louca é de 1h34. Tudo bem! Eu e meu esposo ficamos vidrados em Natalia Oreiro, atriz e cantora uruguaia, que fez o papel de Pilar. People, é comédia. Ponto! Mas eu penso como Freud "Brincando a gente pode falar tudo,inclusive a verdade".
Pilar é uma profissional que está na transição do pai para o filho em uma empresa de publicidade e agora é chefiada por um jovem que anseia por inserir as novidades virtuais em campanhas tradicionais. Percebemos a presença de uma influencer (que descobrimos que só participa da tal campanha publicitária por causa de Pilar, uma mulher quase quarentona). Toda essa tecnologia deixa Pilar deslocada e insegura. Quem nunca? (Nós geração 50/60/70).
Enquanto isso, vive amizades que não desconectam do aparelho telefônico, de um enteado que não a respeita e de um marido que não a auxilia nas tarefas domésticas. Quem nunca? Porém, um amigo de anos vai se casar com uma moça da geração atual, e juro, sem dá spoiler, achei Pilar, deveras corajosa. Mas o que quero apontar mesmo é a figura do psiquiatra/psicólogo. Por mais que seja uma produção argentina, percebemos uma mulher medicamentada que aceita tudo e em nada é auxiliada pelo profissional. Quem nunca em várias nacionalidades?
Um rito, que no decorrer do filme, coloca Pilar no centro da ação, demonstra que o poder de limite e ação sempre esteve nela e com ela. O filme é interessante por abordar conflito de gerações, tecnologia, decisões, saúde mental e limites. Não é o final que eu esperava (geração passada), mas muito válido.
Era uma vez um sonho - filme Netflix
Gente, eu amo Glenn Close desde Atração Fatal (1987) e saiba, ela simplesmente é o foco do filme Era uma vez um sonho. Eu sempre gosto de pesquisar críticas do que assisto: antes, durante e depois. Meu esposo vive me criticando por isso. Enfim, essa sou eu. Em uma dessas pesquisas descobri que o filme é baseado na biografia/livro (1ª imagem) do vice do atual presidente norte-americano Donald Trump, J. D. Vance. Eita!
O que mais me deixou alegre diante de um enredo familiar super complicado por causa do uso de drogas da mãe de J.D. Vance é que ela está limpa há algum tempo. Depois de Eu, Cristiane F, 13 anos, drogada e prostituída ou Só por hoje e sempre (biografia Renato Russo) e a atualidade desses personagens (o que me deixa triste), claro que saber que que B. Vance (mãe) continua na luta me dá esperança. O filme não ultrapassa a fase do vício.
INDICO!
domingo, 20 de abril de 2025
TEA - Um guia resumido
TDAH - Um guia resumido
sábado, 19 de abril de 2025
Uma História não contada - Petrônio J. Domingues
Literatura nas animações do Studio Ghibli (Parte I)
Citei na postagem anterior sobre a relação entre o título japonês da animação O Menino e a Garça (título internacional) com o livro How Do You Live? (Como você vive?) do autor japonês Genzaburo Yoshiro (1899-1981). Uma das características do Studio Ghibli, fundado em 1985, é a forma como os diretores adaptam obras literárias em suas produções. Como sigo em minha pesquisa acadêmica, achei pertinente compartilhar algumas informações, ainda mais aquelas de cunho ocidental (tema do meu TCC já explanado em outras postagens).
Vou começar com Nausicaã do Vale do Vento (1984) que eu ainda não assisti, pois sigo acreditando que vou conseguir ler todos os mangás que foram produzidos entre 1982 a 1994. Só li o volume 1. Oremos! O nome Nausicaã foi escolhido por Miyazaki por causa da princesa de Feácia do livro Odisseia de Homero. Conheco a obra e super indico. Fiquei me perguntando o que teria feito Hayao escolher essa personagem. Devaneios de Sally. No quesito personalidade, Nausicaã tem por referência o conto do folclore japonês A Princesa que amava insetos. Só uma curiosidade, li algo a respeito sobre Rey (Star Wars) e Nausicaã, deixo aos interessados o link Influência Japonesa em Star Wars
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Ulisses e Nausícaa, de Michele Desubleo (1602-1676) |
Túmulo dos Vagalumes (1988) produzido pelo diretor Isao Takahata (1935-2018) é considerado o filme mais triste do Studio Ghibli pela maioria dos fãs. Concordo plenamente. O filme foi baseado no livro Hotaru no Haka (1937) do autor Akiyuri Nosaka (1930-2015) e a obra literária é sobre a vivência do escritor durante a 2ª Guerra Mundial. Sua cidade Kobe foi bombardeada em 1945 pela bomba B-29 e sua irmã faleceu de fome. Ele publica o conto que se torna depois um romance biográfico para se desculpar com a irmã.
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Cidade de Kobe antes do bombardeio |
O serviço de entregas da Kiki (1989) do diretor Hayao Miyazaki foi baseado no livro infantil Entregas expressas da Kiki da autora Eiko Kadono. Ela se baseou em um desenho de sua filha de uma bruxinha com uma vassoura voando no céu escutando um rádio. Kiki tem 12 anos assim como a filha de Eiko Kadono e seu único poder é voar em uma vassoura. Seus problemas devem ser resolvidos com auxílio da sua inteligência.
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Eiko Kadono |
Na animação japonesa, Miyazaki aborda a passagem da infância para a juventude e sobre a superação da personagem Kiki desenvolvendo a sua capacidade longe orientação familiar e sem o poder da vassoura durante um tempo. Duas abordagens maravilhosas sobre a pré-adolescência feminina. Devaneios de Sally. Ah! As aventuras literárias de Kiki acontecem em 8 títulos, enquanto a animação se baseou apenas no primeiro volume.
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mangá Omoide Poro Poro |
Não achei muita informação sobre o mangá que foi a inspiração para o filme Memórias de Ontem (1991) do diretor Isao Takahata (1935-2018). Com o título Omoide Poro Poro, o mangá foi escrito por Hotaru Okamoto e ilustrado por Yuko Tone (também não há muito material na internet em português). Achei um podcast muito bacana no spotify no #96 no canal OverDriver Spotify Podcast e eles até começam o episódio informando que é uma animação pouco falada no universo Ghibli.
To be continued
O menino e a garça - Studio Ghibli (Parte I)
terça-feira, 15 de abril de 2025
Como ganhar milhões antes que a vovó morra - Pat Boonnitipat
Para M. há uma grande necessidade de ganhar dinheiro rápido e se amparar em plataformas digitais para tal. Ele quer ser influenciador game; sua prima após ser herdeira da casa, faz conteúdo adulto como enfermeira; seja como for, a mensagem é: PRESSA! Como esse conflito é passado na longa metragem? Percebemos uma avó que respeita etapas, procedimentos e detalhes. M., diferente dela, quer esquentar uma água no microondas pois é a mesma coisa da água esquentada na chaleira. Tem outros exemplos no decorrer da convivência dos dois dessas diferenças em fazer e enxergar o mundo.
M. não cultua nada, não acredita na religião da sua avó, não entende porque ela deixou de comer carne para pagar uma promessa para uma deusa que curou o seu filho mais velho, não entende a importância de ter um caixão a ponto da avó ser humilhada pelo próprio irmão. Com o passar do tempo, mesmo não sendo religioso, M. começa a refletir sobre valores da vida.