domingo, 28 de agosto de 2011

A desintegração da URSS





4. Lituânia8. Geórgia12. Uzbequistão
1. Rússia5. Belarus9. Armênia13. Tadjiquistão
2. Estônia6. Ucrânia10. Azerbaijão14. Quirguistão
3. Letônia7. Moldávia11. Turcomenistão15. Cazaquistão



O colapso da União Soviética não só levou a criação de uma nova ordem mundial, mas também transformou as vidas de todos os que viviam no grande país. As mudanças foram profundas, em vários campos - eonômico, político, social e psicológico.
A desintegração do império levou ao surgimento de 15 novos países independentes. 


http://www.bbc.co.uk/portuguese/especial/2001/ussr/maps/default.stm (Esse site tem informações detalhadas, basta clicar no nome do país)

sábado, 27 de agosto de 2011

Cartas do "Achamento" do Brasil (6ª série)





A Chegada dos portugueses ao Brasil é comprovada por três documentos: A Carta de Pero Vaz de Caminha, a carta do Mestre João Faras, ambas ao Rei D. Manuel I, e a Relação do Piloto Anônimo.
Pero Vaz de Caminha não teve outra função na expedição de Pedro Álvares Cabral a não ser de narrar tudo o que ele via ao Rei D. Manuel I, então Rei de Portugal, tarefa que executou com maestria, tanto que, sua carta é o documento mais completo que comprova a chegada dos portugueses em terras brasileiras. Na carta, Pero Vaz descreve detalhadamente as características únicas das terras brasileiras, terras que com a chegada da expedição recebeu o nome de Terra da Vera Cruz.
 Logo nas primeiras linhas de sua carta, relata alguns aspectos geográficos da nova terra, como um alto monte, denominado por eles como Monte Pascoal. Em seguida, encontram plantas com nome de rabo-de-asno, espécie de algas marinhas, e aves chamadas fura-buxos, ambas muito comum no litoral brasileiro.
A carta de Pero Vaz narra com clareza a relação dos portugueses com os habitantes locais, onde se espantaram com em que viviam, descalços, sem vergonha alguma por estarem completamente nus, e com a beleza das mulheres, que segundo Pero Vaz, faziam inveja as mulheres da Europa pela beleza de corpo.
Outro documento que comprova a chagada da expedição de Cabral ao Brasil, é a Relação do Piloto Anônimo, um complemento a carta de Pero Vaz de Caminha, pois descrevem fatos e características do Brasil que podem ser encontrados em ambas as cartas, como a forma de vida dos índios e a relação que tiveram com eles, e detalhes da fauna e flora exclusivas das terras brasileiras. O diferencial da Relação do Piloto Anônimo é que ele descreveu os detalhes técnicos de navegação utilizados pela expedição, fatos que Pero Vaz não tinha conhecimento algum.
Por ultimo, a carta do Mestre João Faras, conhecedor de medicina e estudioso da astrologia, narrou pouco sobre o que encontraram em terra firme, porem descreveu claramente o céu do Brasil, e a localização aproximada da nova terra, utilizando das melhores tecnologias para estudo de astrologia da época, citou constelações vistas no céu do Brasil como o Cruzeiro do Sul, entre outras, e com de instrumentos de navegação e observação dos astros, chegou a uma coordenada aproximada da nova terra, dando um endereço ao Brasil.
Todos os três documentos comprovam de maneira indiscutível a chegada dos portugueses ao Brasil em abril de 1500, já que os três citam características únicas do Brasil, e que a partir daquele momento era uma propriedade da coroa portuguesa.

Ler a carta de Pero Vaz de Caminha
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=552
Ler a carta de João Faras (Clique em baixar)
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2240
Ler a relação do Piloto Anônimo 
http://www1.folha.uol.com.br/fol/brasil500/histdescob4.htm

 

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Mundo Antigo nas histórias de Asterix e Obelix (6º ano)



"Estamos no ano 50 antes de Cristo. Toda a Gália foi ocupada pelos romanos... Toda ? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses ainda resiste ao invasor." Essa é a introdução que aparece antes de cada aventura de Asterix, o gaulês, famoso herói das histórias em quadrinhos francesas. Nas aventuras de Asterix, os legionários romanos quase sempre aparecem apanhando dos gauleses, especialmente de Obelix, o melhor amigo de Asterix.

Mas será que os antigos romanos eram parecidos com os mostrados nessas histórias? E os outros povos da Antigüidade que também aparecem nessas histórias (gauleses, bretões, gregos,egípcios....)? Será que alguma tribo de gauleses conseguiu mesmo resistir aos romanos? Para responder essas e outras perguntas, precisamos separar o que é real do que é imaginário. Isso porque, como veremos com mais detalhes, nas histórias de Asterix, enquanto alguns elementos têm base em fatos históricos, outros são pura fantasia.


Metáfora da ocupação nazista na França


As histórias de Asterix foram criadas com o propósito de divertir e não com a pretensão de "ensinar História". Por isso, elas se valem do mesmo recurso usado para fazer humor nos desenhos animados dos Flintstones, a famosa família da Idade da Pedra: retratar o passado com as características do modo de vida dos dias de hoje. Na verdade, as histórias de Asterix refletem muito mais a época em que foram criadas do que propriamente a época em que elas se passam.

Asterix foi criado pela dupla de franceses René Goscinny (escritor, já falecido) e Albert Uderzo (desenhista, que continuou a criar as histórias após a morte de Goscinny em 1977). O personagem apareceu pela primeira vez na revista francesa Pilote em 1959. Segundo vários críticos, o fato dessas histórias tratarem de um povo (os gauleses) resistindo à dominação de outro (os romanos) pode ter sido inspirado na resistência francesa à ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) ou uma crítica à hegemonia dos Estados Unidos após a Segunda Guerra.

Seja como for, ao ler Asterix podemos aprender mais a respeito do mundo contemporâneo do que a respeito do mundo antigo. Neste artigo, responderemos algumas perguntas e falaremos um pouco de como diferentes povos foram mostrados nessa famosa série de quadrinhos.

Em qual período da história de Roma se passam as histórias de Asterix?

As aventuras de Asterix se passam no período da República (509 a 27 a.C.). Trata-se do período em que Roma foi governada pelo Senado. Os outros períodos da história de Roma são o da Monarquia (753 a 509 a.C.), quando a cidade foi governada por reis, e o do Império (27 a.C. a 476 d.C.), em que o Senado perdeu parte da força que tinha antes e o poder passou a se concentrar nas mãos dos imperadores. Portanto, Júlio César, o general romano que liderou a conquista da Gália, e que é figura recorrente nas aventuras de Asterix, jamais foi imperador como muita gente costuma imaginar.

O título de "imperador" (que significa "supremo") só surgiu depois da morte desse general e foi utilizado pela primeira vez por Otávio, sobrinho e filho adotivo de César, que passou a se chamar Augusto (nome que significa "divino"). Apesar de jamais ter recebido o título de imperador, Júlio César foi o principal responsável por várias conquistas militares que tornaram possível o Império Romano. Por isso, em sua homenagem, todos os imperadores romanos eram também chamados de Césares.


reprodução

O verdadeiro Júlio César era mesmo parecido com o Júlio César mostrado nos quadrinhos?

O Júlio César mostrado nos quadrinhos de Asterix guarda semelhanças físicas com as estátuas e bustos feitos em homenagem ao verdadeiro César. No entanto, vale destacar uma curiosidade: essas estátuas e bustos geralmente mostram Júlio César com todos os cabelos, mas quando foram feitas, o modelo já era calvo. Trata-se de um fato comum na História: os poderosos são retratados da forma como eles gostariam de ser lembrados e não como realmente eram. No que se refere à personalidade, o César dos quadrinhos também lembra o que existiu em alguns aspectos, tais como espírito de liderança e habilidade política.

E Cleópatra, a rainha do Egito? Há semelhanças entre a verdadeira e a mostrada em Asterix?

Cleópatra mostrada nos quadrinhos (e também no filme Asterix e Cleópatra) é inspirada na imagem popular difundida nos filmes de Hollywood, a de uma rainha sedutora e de beleza exótica que encantava inúmeros homens. Ao que tudo indica, a verdadeira Cleópatra era bem diferente: descendente dos reis ptolomaicos, dinastia fundada por um dos generais de Alexandre, o Grande, ela tinha muito mais em comum com os gregos do que com os egípcios (Alexandre, que veio da Macedônia, difundiu a cultura grega no Ocidente).

Segundo Plutarco, filósofo e historiador grego que viveu na Antigüidade, Cleópatra não tinha uma beleza extraordinária, mas era muito atraente, com uma voz capaz de encantar os homens em qualquer língua. Tal como mostrado no álbum O filho de Asterix, ela teve realmente um filho com Júlio César. No entanto, na vida real, César recusou-se a tornar esse filho seu herdeiro, honra que coube a Otávio. O filho de César e Cleópatra, que se tornou o faraó Ptolomeu 15, também conhecido como Cesarion ("Pequeno César"), teve um final trágico: morreu assassinado aos dezessete anos por ordem de Otávio.

Além de Júlio César e Cleópatra, outras figuras históricas já apareceram nos quadrinhos de Asterix?

Sim. Dentre os quais podemos destacar, Vercingetórix, chefe gaulês que tentou resistir à conquista romana, e Brutus, enteado de Júlio César, que se tornaria um dos responsáveis pelo assassinato de César (daí a famosa frase que César teria proferido pouco antes de morrer: "Até tu, Brutus?!").

Alguma tribo gaulesa conseguiu mesmo resistir à ocupação romana?

Inicialmente, os gauleses conseguiram oferecer resistência, mas acabaram sendo conquistados pelo exército de César. Em 52 aC. o chefe gaulês Vercingetórix conseguiu unir as tribos do centro e do leste da Gália contra os romanos. Tudo o que sabemos desse chefe é aquilo que o próprio Júlio César escreveu em sua obra "Das guerras na Gália". No início, esse chefe conquistou algumas vitórias usando a prática da "terra queimada", que consistia em abandonar as terras mas deixando-as de maneira que o inimigo não conseguisse se reabastecer (sem comida). No entanto, após uma derrota numa batalha, Vercingetórix se rendeu para poupar seu povo. Foi levado como prisioneiro para Roma e jogado em uma cela. Há indícios de que tenha morrido estrangulado na prisão em 46 a.C. Como se vê, apenas nas aventuras de Asterix é que os gauleses vencem os romanos no final.



Todos os povos mencionados nas histórias de Asterix existiram mesmo?

Sim. No entanto, como já afirmou certa vez numa entrevista, o próprio desenhista Albert Uderzo, esses povos devem ter sido bem diferentes na vida real, principalmente no que se refere aos costumes. Nos quadrinhos de Asterix, os povos antigos são mostrados com as características atribuídas aos povos que vivem hoje nas regiões onde se passam as histórias. Daí, os gauleses parecerem com a imagem que os franceses fazem de si mesmos (que é bastante diferente da que o resto do mundo faz dos franceses) ou os bretões parecerem com os ingleses dos dias de hoje. (Ler a postagem anterior). 

fonte:

Asterix e Obelix (6º ano)


Mundo Antigo

Alguns dos povos apresentados nas histórias Asterix



Romanos
Em Asterix, apesar de todas as piadas e absurdos, é possível perceber que alguma pesquisa foi realizada no que se refere ao modo como Roma foi retratada, especialmente nos cenários desenhados por Uderzo. É curioso notar que em Asterix os romanos raramente são retratados como maus ou sinistros, apesar de todos os planos e tentativas de conquistar a aldeia dos gauleses. Isso porque em Asterix, os gauleses não odeiam os romanos, querem apenas preservar sua cultura e estilo de vida. Um exemplo disso é que apesar de possuírem a poção mágica que concede uma força descomunal a quem bebe,e cuja fórmula é conhecida apenas pelo druida Panoramix, os gauleses da aldeia a usam somente para fins de defesa e jamais para conquista. Trata-se de uma crítica a toda forma de expansionismo militar. Outra razão para os romanos, apesar de adversários dos gauleses, serem na sua maioria personagens simpáticos é que Goscinny e Uderzo jamais poderiam negar ou desprezar a herança cultural deixada por Roma. Na vida real, a Gália tornou-se uma das mais romanizadas províncias do Império Romano. Os gauleses acabaram assimilando os hábitos e a cultura romana. Exemplo disso está no próprio idioma, pois a atual língua francesa surgiu do latim, a língua falada pelos antigos romanos, e que também deu origem ao italiano, ao português, ao espanhol e ao romeno (falado na Romênia). Daí as semelhanças entre essas línguas e o fato de serem consideradas línguas latinas.
Gauleses
Os gauleses viviam na Gália, território que corresponde mais ou menos aos territórios das atuais França e Bélgica. Assim como nos quadrinhos, os gauleses da vida real tinham carne de javali no cardápio. Também tinham druidas, mas esses eram bem diferentes do simpático Panoramix: realizavam sacrifícios humanos em alguns de seus rituais e, é claro, não tinham a fórmula de nenhuma poção mágica.
Bretões
Gauleses e bretões eram povos aparentados. Ambos tinham origem celta. Os celtas eram povos que habitaram o norte e o centro da Europa. Em Asterix entre os bretões, há várias piadas que fazem referência à Inglaterra dos dias de hoje: o fato de as carroças dos bretões andarem na outra mão (da mesma forma como os automóveis trafegam na Inglaterra de hoje), a carroça de dois andares (uma alusão ao famoso ônibus de dois andares que andam nas ruas de Londres), o hábito dos bretões de tomarem a ‘quente água” (uma brincadeira com o hábito inglês do chá das cinco), o fato de os bretões falarem os adjetivos antes dos substantivos (Exemplo: “As romanas patrulhas”) e um certo jogo que lembra dois esportes de origem inglesa, o futebol e o rúgbi (não confundir com o futebol americano). Até o nome do chefe bretão, Godseivzekingos, é uma brincadeira com God Save the King (“Deus salve o rei”), o hino nacional britânico, que também é conhecido como God Save the Queen( “Deus salve a rainha”). Por fim, como a história foi publicada na década de 1960, os quatro bardos que aparecem cantando para delírio das fãs são os próprios Beatles caricaturados.
Belgas

Os belgas também eram gauleses. César em seu relato sobre a conquista a Gália, chegou a afirmar que os belgas estavam entre os mais valentes guerreiros de toda a Gália.
Na França, os belgas são alvo de piadas semelhantes às piadas de português contadas no Brasil. A aventura Asterix entre os belgas também brinca com isso. Nessa mesma aventura, aparecem dois guerreiros belgas com a cara dos detetives Dupond e Dupont, personagens da mais conhecida série de histórias em quadrinhos da Bélgica: As aventuras de Tintim.
Vale lembrar que a Bélgica atual é um país com dois idiomas oficiais, o francês e o flamengo (idioma que também é falado na Holanda).
Godos
O único povo mostrado de maneira realmente sinistra em Asterix são os godos, povo de origem germânica. Nem mesmo os romanos foram retratados de forma tão negativa.Isso porque os godos representavam os alemães e a memória da ocupação da França pela Alemanha nazista ainda era muito recente quando as aventuras de Asterix foram criadas. em Asterix e os godos, os guerreiros godos usam capacetes semelhantes aos usados pelos alemães na Primeira Guerra Mundial. Nessa mesma história, Asterix e Obelix enfrentam um godo que quer conquistar tudo e todos, trata-se de uma referência a Adolf Hitler, ditador nazista que governou a Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial.
Helvéticos
A região da Helvécia corresponde ao que hoje é a Suíça. daí, na aventura Asrerix entre os helvéticos, aparecerem os banqueiros helvéticos, uma brincadeira em cima dos famosos bancos suíços (os mesmos onde certos políticos brasileiros depositaram dinheiro obtido ilegalmente).
Normandos
Os normandos, nome que significa “homens do Norte”, ou nórdicos eram os antigos habitantes da Escandinávia (região gelada da Europa da qual fazem parte a Noruega, a Dinamarca. a Suécia e a Islândia). Trata-se do mesmo povo que, na Idade Média, ficou conhecido como vikings.Há uma região da França atual que recebeu o nome de Normandia porque no passado foi colonizada pelos normandos. Os normandos aparecem com destaque em duas aventuras de Asterix: "Asterix e os Normandos" e "A Grande Travessia". Na primeira, os corajosos normandos organizam uma expedição para tentar descobrir o que é o medo, algo que jamais sentiram e tinham grande curiosidade em saber como era (o final é surpreendente), na segunda, normandos e gauleses chegam na América séculos antes de Colombo. Detalhe: em "A Grande Travessia" , o cão dos normandos é da raça dinamarquês e late com sotaque (!).
Hispânicos
Na aventura "Asterix na Hispânia", Asterix e Obelix visitam a Hispânia ,nome que era dado a Península Ibérica (onde hoje ficam Portugal e Espanha). Nessa história, os hispânicos lembram os espanhóis de hoje,falam “Olé” e gostam de touradas. Só mesmo nos quadrinhos, porque certamente, os hispânicos deviam ser bem diferentes dos espanhóis atuais. Uma das razões é porque boa parte da cultura espanhola de hoje é produto de influências que vieram depois do domínio romano, como por exemplo, a influência árabe.
Índios norte-americanos
Uderzo e Goscinny não fizeram piadas em cima apenas dos países da Europa, sobrou também para os Estados Unidos. Em "A Grande Travessia", Asterix e Obelix chegam à América do Norte e encontram uma tribo de índios. Num momento, um dos índios apanha de Obelix e fica enxergando estrelas, no caso, as estrelas da bandeira dos Estados Unidos. Outro índio apanha de Asterix, mas as estrelas que esse enxerga são da insígnia da força aérea norte-americana. Imaginem só se tivessem chegado na América do Sul, mais especificamente onde hoje é o Brasil...

sábado, 20 de agosto de 2011

O bêbado e o equilibrista - MPB na ditadura militar


Essa é a que mais gosto de ouvir e cantar: 

O Bêbado e A Equilibrista
(João Bosco / Aldir Blanc – 1979)
Intérprete: Elis Regina

Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos
A lua, tal qual a dona do bordel,
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
E nuvens, lá no mata-borrão do céu,
Chupavam manchas torturadas, que sufoco!
Louco, o bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil pra noite do Brasil.
Meu Brasil.
Que sonha com a volta do irmão do Henfil.
Com tanta gente que partiu num rabo de foguete.
Chora a nossa pátria mãe gentil,
Choram Marias e Clarisses no solo do Brasil.
Mas sei que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente, a esperança
Dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha pode se machucar
Asas, a esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
Tem que continuar...

Composta em 1979, tornou-se um símbolo da luta pela anistia. Pela volta dos exilados e pela abertura política do regime militar. Carlitos, personagem mais famoso de Charles Chaplin, representa a população oprimida, mas que ainda consegue manter o bom humor, denunciava as injustiças sociais de forma inteligente e engraçada. A Equilibrista dançando na corda bamba, de sombrinha, é a esperança de todo um povo.
Henrique de Sousa Filho, conhecido como Henfil, foi um cartunista, quadrinista, jornalista e escritor brasileiro. Seu irmão, Herbert José de Sousa, conhecido como Betinho, foi um sociólogo e ativista dos direitos humanos brasileiro; concebeu e dedicou-se ao projeto Ação da Cidadania contra a Miséria e Pela Vida. Com o golpe militar, em 1964, mobilizou-se contra a ditadura, sem nunca esquecer as causas sociais. Mas, com o aumento da repressão, foi obrigado a se exilar no Chile em 1971.

Maria era mãe de Betinho (irmão de Henfil) e Clarice mulher do jornalista assassinado na ditadura Vladimir Herzog. Mas Marias e Clarisses, no plural, fazem referência às mães, talvez irmãs ou mulheres de pessoas que se foram, ou mesmo deixaram o nosso país, lutando por um ideal, um sonho, de ver o Brasil livre para a informação e para a expressão das artes.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Indicação de Filmes

6º ano
Tróia
Na Grécia antiga, a paixão de um dos casais mais lendários da História, Páris, príncipe de Tróia (ORLANDO BLOOM), e Helena (DIANE KRUGER), rainha de Esparta, desencadeia uma guerra que irá devastar uma civilização. Páris rouba Helena de seu marido, o rei Menelau (BRENDAN GLEESON), e este é um insulto que não pode ser tolerado. A honra da família determina que uma afronta a Menelau seja considerada uma afronta a seu irmão Agamenon (BRIAN COX), o poderoso rei de Micenas, que logo une todas as tribos da Grécia para trazer Helena de volta, em defesa da honra do irmão.


6ª série
1492-a conquista do paraíso
Vinte anos da vida de Colombo, desde quando se convenceu de que o mundo era redondo, passando pelo empenho em conseguir apoio financeiro da Coroa Espanhola para sua expedição, o descobrimento em si da América, o desastroso comportamento que os europeus tiveram com os habitantes do Novo Mundo e a luta de Colombo para colonizar um continente que ele descobriu por acaso, além de sua decadência na velhice.




7ª série
Carlota Joaquina
Um painel da vida de Carlota Joaquina (Marieta Severo), a infanta espanhola que conheceu o príncipe de Portugal (Marco Nanini) com apenas dez anos e se decepcionou com o futuro marido. Sempre mostrou disposição para seus amantes e pelo poder e se sentiu tremendamente contrariada quando a corte portuguesa veio para o Brasil, tendo uma grande sensação de alívio quando foi embora.

8ª série
O que é isso companheiro?
Em 1964, um golpe militar derruba o governo democrático brasileiro e, após alguns anos de manifestações políticas, é promulgado em dezembro de 1968 o Ato Constitucional nº 5, que nada mais era que o golpe dentro do golpe, pois acabava com a liberdade de imprensa e os direitos civis. Neste período vários estudantes abraçam a luta armada, entrando na clandestinidade, e em 1969 militantes do MR-8 elaboram um plano para seqüestrar o embaixador dos Estados Unidos (Alan Arkin) para trocá-lo por prisioneiros políticos, que eram torturados nos porões da ditadura.