domingo, 11 de maio de 2025

Cinebiografia "O Número 24" (Netflix)

Imagem Netflix 

     Para quem gosta de filmes históricos, indico o filme "O Número 24" disponível na plataforma Netflix desde janeiro de 2025 (1h51min). Gunnar Sonsteby (1918-2012) era um contador de 22 anos que fez forte oposição à ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) na Noruega. O filme vai se dividir entre o Gunnar idoso e condecorado como herói em uma palestra para estudantes em Rjukan e o Gunnar jovem (parte das lembranças durante a palestra) jovem e combatendo na resistência contra as ações da Alemanha.

    No entendimento da Política de Neutralidade, um país soberano neutro não poderia ser invadido pelos países envolvidos. A Noruega (desde a sua independência em 1905) era um país neutro na Segunda Guerra Mundial e mesmo assim foi invadido pela Alemanha em abril e junho de 1940. Os interesses para o Terceiro Reich era o transporte dos minérios de ferro exportados pela Suécia e Hitler também queria o controle marítimo contra os Aliados. É possível perceber a importância marítima devido a sua localização geogrâfica (mapa), principalmente durante os invernos rigorosos sem possiblidade de recebimento de miníerios pelas ferrovias. 

Imagem site Toda a Matéria 


     É nesse contexto que Gunnar Sonsteby passou a agir e atuar com o condinome "Kjakan" (O Queixo) e Agente 24. Como o mestre do disfarce, ele atuou com mais de trinta identidades, falsificações de assinaturas, sabotagens, fugas e outros atos contra o avanço e permanência dos soldados alemães. Para se ter uma ideia, ele se tornou um dos homens mais procurados pela Gestapo e sua identidade só foi descoberta no final do conflito. Ele afirmava que a dificuldade de ser descoberto pelos alemães se dava por sua fisionomia comum. 

    No final do filme, temos uma pergunta feita por uma aluna na palestra sobre um parente que foi morto pela grupo que Gunnar fazia parte. Fica uma dúvida moral sobre qual a ética diante desse paradoxo militar. Durante a passagem de cenas do Gunnar jovem, percebemos um jovem decidido e até rígido com os amigos, talvez seja uma justificativa que responda a pergunta. Não vou aqui citar a resposta fornecida por ele, mas você vai perceber uma certa postura de que o personagem fez o que achou certo naquele momento e isso não é heroísmo é parte da resistência. Após a invasão alemã, a Noruega optou por aderir a OTAN em 1949. Gunnar faleceu em 2012 aos 94 anos e recebeu um funeral de Estado. 




sábado, 10 de maio de 2025

1º ENCONTRO LITERÁRIO "MESA AO LADO - DEVANEIOS LITERÁRIOS COLETIVOS"

 

    Que eu tenho TDAH muitos aqui já sabem. Como faço pra lidar com isso, nem sempre escrevo nos meus textos. Pois bem! O que faço como parte da Terapia Cognitiva Comportamental além da medicação? Sudoku (amo!), buraco/baralho (jogo com meu esposo), jogo dos sete erros, agenda virtual e a novidade de 2025 que é ouvir podcast para sustentação de foco. Só um pequeno detalhe, eu odeio podcast (Spotify) e palestras/vídeos (Youtube). Mas quem se ajuda fazendo apenas o que gosta? Amadurecer é ter consciência disso.

    Pois bem de novo: não lembro como acessei o podcast "Para dar nome às coisas" no Spotify da jornalista, escritora e palestrante Natália Sousa. Não lembro se foi a voz macia, os temas, a praticidade sem rodeios para abordar o assunto (mesmo com propagandas) ou a duração (possível de sustentar o foco sem sofrimento). EU ME TORNEI VISITA NA MESA AO LADO (ainda não me sinto parte da sua mesa). Deixa eu explicar, ela começa seu podcast citando o número do episódio e que começou em uma mesa de bar. Decidi colocar o nome do meu grupo de leitura "MESA AO LADO" e me explico no decorrer desse postagem. Para mim faz bastante sentido. 

    Me conectei com a vida de Natália como se ela por algum motivo tivesse sido parte de alguma matriz que eu também fizesse parte. Temos pequenas diferenças de profissão, localização, prioridades mas na essência me perguntei se não seríamos irmãs. Bom, nessa sociedade e com alguns itens que não tenho intenção de abordar aqui, até responderia que somos feitas da mesma receita social/estrutural. Senti e sigo sentindo Natália como uma possibilidade de coisas que eu não conto a ninguém e ela disserta com uma leveza apresentando as suas dificuldades. O seu discurso não é de meritocracia e sim de humanidade. 

    Eu cheguei a ouvir o episódio que ela falou do lançamento do seu livro. Até fiquei sabendo de um livro anterior e que está esgotado e sei que me autosabotei a ponto de não comprar o livro na época que ouvi o podcast. Citei o livro mês passado para uma amiga que me contou hoje que, quando eu sugeri, comprou no dia seguinte. MANO! Falei com tanto entusiasmo e nem ao menos comprei (sim, eu me autosabotei, ainda faço isso). Pois bem! Ontem escutei o episódio S07EP268 do dia 12 de março (eu não sigo uma sequência) e após isso que decidi comprar mesmo com condições financeiras desfavoráveis (mentira da autossabotagem, já fiz loucura por livros). Comprei a versão Kindle que não sou muito fã pela dificuldade de fazer histórico na estante SKOOB. 

    Bom, esse é o relato da escolha do livro para o meu primeiro encontro de devaneios literários em grupo. Devaneios porque pode fazer sentido ou não. Vai saber! Talvez após lê-la, eu me sinta mais parte da mesa de bar da Natália. Mas, por ora, eu quero ficar na mesa ao lado escutando a conversa, tomando uma água com gás e limão, esperando que ela me note (carência literária). Talvez pela lindeza da autora, isso não faz sentido, mas faz parte das curas que ainda preciso e quem me conectam ao tema. Por isso essa conexão maravilhosa. 

    Nosso encontro será no dia 25 de junho 20h-22h (Brasília) via meet ou zoom, ainda vou decidir. A intenção é que seja sempre na terceira quarta-feira do mês, mas sigo já colocando excecão no primeiro encontro, pois a regra é que não seja imutável ou engessado. Não é obrigatória a leitura para a participação, nem sempre conseguimos comprar e/ou os tempos são de acelerada exaustão produtiva. Mas deixo aqui com todo o carinho e sinceridade do mundo esse convite do grupo MESA AO LADO - DEVANEIOS LITERÁRIOS COLETIVOS. 

 O grupo não tem o propósito intelectual modelo regra ABNT e nem de substituição de terapia. Jamais! A regra será o respeito da opinião alheia, desde que não seja apologias surreais de preconceito ao próximo. Não será gravado e no final do encontro haverá a sugestão do próximo livro. Eu sou leitora desde o século passado (hihihi), mas eu não sou curadora, mediadora, especialista. Mas segui essa vybe aqui já da leitura que comecei hoje:

A vida se reorganiza no movimento

    Caso deseje participar e não me conhece, tem uma caixa de mensagem no final da página (versão PC) que você pode entrar em contato comigo (sallyinacio@yahoo.com.br). Me envie seu nome, whatzapp com DDD e email. Vou te relembrar perto da data no formato que for melhor pra você (por exemplo, odeio whatzapp e ainda amoooo email). Não tenho intenção de vender nada, não sou patrocinada por ninguém e minha intenção é apenas troca de devaneios literários.  Você vem? Você segura na minha mão nesse primeiro passo? 

Link Livro Medo de Dar Certo

Quer apoiar a autora?

Instragram Para dar nome às coisas

terça-feira, 6 de maio de 2025

Dia da Matemática e a cura pela Literatura

 


    Hoje, 06 de maio, é o Dia Nacional da Matemática. Quem sempre teve/tem dificuldade na senhora dona Matemática coloca o dedo aqui! Eu, sempre eu! Lembro até hoje da professora de matemática Filomena da E.Classe 410 Norte do Ensino Fundamental (antigo 1º grau).  Ela foi uma excelente professora mas na época não tínhamos adaptações para TDAH e o meu laudo veio bem tardio. 

    Sobre a tabuada, aprendi de uma forma bem dolorida e eu não aconselho como prática pedagógica. Caso eu acertasse a tabuada toda eu ganhava um melzinho e caso eu errasse apenas uma, levava palmatória. Essa conta não fecha até hoje. Também aprendi com o apoio de pauzinhos (subtração) e contar nos dedos (adição). No meu tempo de ginásio,  o racíocionio lógico não foi muito valorizado e isso me prejudica até hoje. Aproveitei a data para um desabafo... mas você vai perceber que tem relação. Confia! Leia até o final, por favor. 




    Eu sempre tive interesse nas bibliotecas que frequentei na idade escolar ou até adulta no livro O homem que calculava de Malba Tahan pela capa e título. Achava que Malba era do sexo feminino e o conteúdo pela capa seria algo tipo "As mil e uma noites". Mas a palavra "calculava" mexia um pouco com os traumas da matemática. Em 2011 decidi ler sem muitas expectativas. Gente! Fiz as pazes com a MATEMÁTICA! Outra surpresa: a autoria do livro é masculina e de nacionalidade brasileira. Fiquei chocada e lembro com muito carinho dessas surpresas literárias. 



    Malba Tahan é o pseudônimo de Júlio César de Mello e Souza, um professor e engenheiro carioca conhecido por sua paixão pela matemática e sua capacidade de torná-la acessível a todos. Ele conseguiu no livro conciliar a narrativa com problemas matemáticos, apresentando a história de Beremiz Samir, um viajante persa com grande talento para cálculos. O livro explora a matemática de forma lúdica e acessível. Lembro que passei a ler e a querer resolver os problemas. Resumindo: me sentia estimulada a resolver por causa do personagem. Você acaba tendo contato com vários conceitos matemáticos, como proporções, equações, geometria, probabilidade, entre outros. Me tornei expert em matemática? Não. Mas foi uma reaproximação prazerosa e me mostrou uma outra forma de enxergar os números e cálculos. 



    Sobre a data comemorativa que passou a existir após a promulgação da Lei 12835/2013 sob o governo de Dilma Roussef: 

Art. 1º Fica instituído o Dia Nacional da Matemática, a ser comemorado anualmente em todo o território nacional no dia 6 de maio, data de nascimento do matemático, educador e escritor MALBA TAHAN. Art. 2º O Poder Executivo incentivará a promoção de atividades educativas e culturais alusivas à referida data.


Deixo então essa sugestão de leitura e Feliz Dia da Matemática! 

quinta-feira, 1 de maio de 2025

Sobre o 1º de maio - Dia do trabalhador

 


Quero ser sucinta e deixar aqui a sugestão do registro do fotógrafo Sebastião Salgado. Que eu acho phodhástico. 

Só pra resumir, o 1º de maio era um dia de fechamento de ano contábil em algumas fábricas, onde trabalhadores tinham seus contratos encerrados e/ou renovados em Chicago. Começaram uma campanha a partir da data e de uma greve, que foi seguida por muitas outras cidades (3/05/1886). Os trabalhadores começaram a pedir redução de jornada de trabalho (era de 17h). Polícia neles, como sempre. Mortes, inclusive. Não vou escrever sobre movimentos operários, Intentonas Socialistas, Anarquismo, Greves Gerais e etc.

 A data não surge com Vargas, mas o trabalhismo. Essa coisa florida de desfiles, "parabéns" e tudo aquilo que tira o foco da luta por melhorias e garantias dos direitos dos trabalhadores. Reconhecimento sim, esquecimento, jamais. 

O fotógrafo Sebastião Salgado registrou 132 imagens de trabalhadores braçais no período entre 1986 e 1992 em 25 países (Trabalhadores, uma Arqueologia da Época Industrial). Se para nós ainda há muito o que lutar, imagine para a galera registrada nas fotos.

https://www.culturagenial.com/fotos-sebastiao-salgado/


Dia da Literatura Brasileira


 1° de maio — Dia da Literatura Brasileira foi o dia escolhido para celebrar a literatura nacional porque, nessa data, comemora-se também o aniversário do escritor José de Alencar. É dia, portanto, de enaltecer a obra desse autor, e também de empreender ações que possam incentivar a leitura de obras nacionais, pois o Brasil possui grandes títulos e autores, como Senhora, de José de Alencar; Dom casmurro, de Machado de Assis; Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus; A hora da estrela, de Clarice Lispector; entre tantos outros.