terça-feira, 30 de abril de 2024

A animação japonesa através dos tempos




    O livro A animação japonesa através dos tempos (Viktor Danko)  nasceu após a conclusão do autor da sua dissertação de mestrado, onde ele analisou os filmes do diretor japonês Hayao Miyazaki. Interessante a sua percepção sobre a preocupação do diretor e o foco de seus filmes da figura feminina. O livro se propõe a apresentar a história da cinematografia animada japonesa. Segue as influências literárias, a gênese do cinema, o contexto hhistórico pré e pós 2GM e as influências sobre o diretor Miyazaki.



    No capítulo 1 - As artes que influenciaram o mangá e a animação japonesa temos a apresentação da  introdução do Budismo no século VI no Japão, com a sua escrita, as artes plásticas, as artes sacras e a influência chinesa que fizeram parte das primeiras produções artísticas japonesas até que chegassem ao nível de adaptação para o estilo de vida nas ilhas do Japão. O início da produção das próprias narrativas japonesas de caráter histórico ou religioso, poesias, ficção, batalhas e eventos históricos marcam o início da literatura. O desenvolvimento dessa literatura é apresentada no capítulo desde o seu primórdio passando pelo período do governo do xogunato de Tokugawa - período, inclusive de grande produção artistica. O capítulo encerra com a abertura forçada do Japão ao resto do mundo, levando ao desenvolvimento de outras formas gráficas e trazendo alterações nas narrativas.

    No capítulo 2 - A influência de outros países para a literatura ilustrada no novo contexto histórico do Japão, o autor Inicia com a restauração Meiji, o que ocasionou, entre diversas mudanças artísticas, a fusão da tradição japonesa e as novas técnicas e estilos estrangeiros. Após o breve relato do desenvolvimento do mangá, o capítulo finda com a quebra da bolsa de valores (1929 NY) e como ela influenciou no tipo de histórias que seriam produzidas.

    No capitulo 3 - O princípio do cinema de animação no Japão - temos os registros dos primeiros filmes de animação japonesa (1907), uma breve apresentação de animadores japoneses e estúdios, as charges políticas e a utilização do cinema de animação como forma de propaganda para o público mais jovem. Já no capítulo 4 - A influência da Segunda Guerra Mundial nos filmes de animação e nos mangás - A guerra não apenas mudou o cenário político e econômico dos países envolvidos como afetou a forma de pensar e fazer arte. A maneira dos japoneses representar metaforicamente seus inimigos, as narrativas e temáticas tiveram forte teor bélico. O teor nacionalista pós guerra é censurado pelo período de ocupação norte-americana. O teor se torna moral e com papel educador. A ocupação também faz com o que o Japão faça aderência ao modelo econômico capitalista, modificando a estética dos mangás que passam a sofrer influências da Walt Disney, surgindo o mangá moderno. Valores nacionais japoneses são proibidos até 1947 quando a constituição japonesa proíbe toda as formas de censura.

    Animações japonesas durante o pós-guerra e ocupação Norte-Americana, título do capítulo 5, temos  vários exemplos de animações nipônicas, diretores, personagens e temáticas Os trabalhos de Osamu Tezuka, que simplificou as técnicas de produção, diminuindo gastos e unindo produção com as histórias que produzia em mangá. O surgimento das animações na televisão, a consolidação dos gêneros de animações e seus públicos albos e como as animações japonesas tomaram o mercado internacional.

No útlmo capítulo, temos a biografia de Hayao Miyazaki, nascido em 1941, Tóquio, que cresceu em um ambiente repleto de aeronaves. A guerra teve grande impacto em sua vida. Desde jovem teve interesse em ser artista de mangá e no capítulo nos é apresentada a sua trajetória profissional como designer, animador e diretor. Em 1985 funda com Takahata e Suzuki o estúdio Ghibli. O processo de criação dos filmes do estúdio, a apresentação e aceitação no mercado internacional, influências e personagens.Muitas informações bem apresentadas em um livro com poucas páginas. Até agora, único livro que consegui para a pesquisa do meu artigo. Indico! 


segunda-feira, 29 de abril de 2024

Amar é simples...

 Uma breve pausa do meu artigo para indicar o livro de um casal de amigos. Amar é simples a gente que complica (Rogério Dias e Verônica Jacomini)

Bom, eu tenho muito a escrever sobre eles, mas, só me vem a mente a apresentação sincera da esposa: "leva 3 dias para lavar a louça (😁) e faz as melhores comidas". Sobre ela, ele apresenta: "é a pessoa que sonho e desejo passar toda a minha vida". Lindo de se ler. ♥️

Tive a honra de cadastrar na estante Skoob (a maior plataforma dos leitores do Brasil)

Amar é simples Estante Skoob


Meu primeiro histórico de leitura por lá: 

Autores brasilienses, casados e amigos que achava que conhecia até então. Porém, é na fala do outro (esposo sobre esposa e vice versa que temos um olhar mais íntimo sobre ambos). Um material maravilhoso! Um dia a dia divertido e leve, ainda que, haja situações de conflitos. Os textos são sérios. As ilustrações espelham que, no fundo, estamos todos tentando acertar. Basta descomplicar e colocar muito humor no dia-a-dia. Uma leitura leve para o final ou início do dia. Não é uma doutrina, é um manual cirúrgico sem muitas delongas. Estou na Linguagem do Amor, bem no início. Indicando para todos que não desistiram da convivência a dois. 

Indico! 



quinta-feira, 4 de abril de 2024

Desabafo e atitude dessa leitora em 2024

Desabafo 


É possível perceber a minha ausência por aqui e ela está intimimamente relacionada com a minha atual situação na vida pessoal nos dois últimos anos. "Estou empreendedora"😪. Explico: nada contra (apenas algumas observações sobre a ilusão que se tem sobre o empreendedorismo no Brasil), mas não foi algo que escolhi ou planejei. Estou fazendo o meu melhor e dando conta de uma forma surreal. 

O que mais me chateia é a falta de tempo em fazer o que eu amo: LER! Dois anos que tive que iniciar leituras como mangás, HQ´s e afins. Repito novamente: nada contra, até a favor. Mas, a relevância para a minha satisfação pessoal foi bem mínima e o retorno seja financeiro ou espiritual foi quase nulo😢. Não me julgue, nossas formas de enxergar o mundo são diferentes. 

Esse bate-papo fica para um podcast (eis uma coisa que pretendo muitoooooo um dia fazer. Sem neura e pressa). Um adendo: tenho escutando o Podcast Para dar nome as coisas (Spotify). Tem me ajudado nesse momento de "estou" e "não sou". 


Atitude

Bom, sou graduanda de Artes Visuais (é um rolê muito louco) e resumindo estou escrevendo o projeto do meu artigo de conclusão de curso. Custei a decidir pelo tema. Pensei em animeventos na minha cidade, cosplay e a cultura, a educacão artística e o surdo e perdi um semestre só nessa indecisão. Como sou uma jovem senhora hiperfocada, decidi por Studio Ghibli. 

Assim como foi com Machado de Assis (minha primeira monografia na Licenciatura de História), o Studio Ghibli também é uma paixão da fase adulta. Machado de Assis pós 30 anos e agora Studio Ghibli pós 40 anos. Já aviso que não sou uma conhecedora de tudo o que diz respeito ao tema. Queria ter mais tempo e dedicação para usufruir da arte fenomenal do Studio. 

Então... Decidi fazer do meu blog em 2024 um diário de projeto e escrita do meu artigo. Registrar aqui descobertas, curiosidades e etc. 


Sobre os livros, continuo com a leitura daqueles que não consegui terminar em 2023 (apenas 5!) e coloquei como meta a leitura deles pelo menos 3x por semana. O app Skoob é muito bacana pois ele te ajuda em desafios e sempre foi (pelo menos pra mim) há anos uma forma de eu organizar a minha leitura e não me sentir sozinha. Não tenho a riqueza de ser rodeada por leitores. 

Você me acompanha?